Wednesday, October 26, 2005

Love,actually!

Hoje é um dia especial para mim e para o meu pequenino :) Finalmente vou escrever um post sobre algo de extremamente bom, e não sobre mais uma lamúria. Cinco meses em que aprendemos bastante um com o outro, especialmente a valorizar um sentimento que não surge todos os dias, nem com uma carga emocional tão positiva. Cliché ou não, os opostos atraem-se, não é que sejamos assim tão diferentes, mas os pontos em que diferimos servem para que a relação seja enriquecedora e nos respeitemos ainda mais, por não concordarmos em tudo e conseguirmos entender o outro.
Na realidade não quero partilhar com o mundo o que tenho, quem o tem percebe bem porquê, apenas prestar uma breve, mas sincera homenagem a tudo o que sentimos.
Adoro todos os momentos que passo contigo: adoro ouvir-te tocar, mesmo quando me farto de ouvir reggae(hehe...), adoro os nossos momentos de reflexão, os nossos momentos de brincadeiras estúpidas ets etc etc... Adoro o teu sorriso meigo, a tua carinha linda, os teus olhinhos rasgados, até a dormir és lindo meu bébé...
Se pudesse escolher, terias sido só meu desde há muito tempo, mas o que interessa é que apareceste de uma forma espontânea e natural, de uma forma tão singela quanto apaixonante, Deste sentido à expressão "amor à primeira vista", foi de facto o que senti, de uma forma tão intensa que não podia deixar escapar uma oportunidade para voltar a estar contigo.
Irradias a tua luz tão própria, tens um brilho ofuscante, e como bem sabes gosto dos teus momentos de inocência, e da tua inocência no geral, que me fez acreditar que ainda há pessoas genuinamente belas neste Mundo. Há pessoas das quais vale a pena nos rodearmos, porque trazem-nos um bem-estar e um equilíbrio que as coisas mundanas nos vão roubando aos poucos, e tu, tu és um exemplo prático disso mesmo.


Enfim...amo-te muito, muito!!! ( ps: não saõ lamechices, mas sentimentos puros...)

Tuesday, October 25, 2005

Fiquem com a teoria, continuo à espera da prática..

Este post é um plágio, mas o meu querido amigo Ricardo não se importa, só estou a plagiar a ideia base... A asfixia já é tanta, e como na prática faço o mesmo que a querida ESE ( literalmente nada!) tenho que aproveitar este espaço para me queixar... teoricamente!!!
Elegi o dia de hoje, e o meu blog, para deixar aqui patente que a obrigatoriedade dos senhores doutores do Instituto Politécnico do Porto, que insistem em nos obrigar a frequentar assiduamente as aulas, "apenas" me estão a desmotivar por completo de ter o nobre (!) curso de Gestão do Património acabado...
Belo edíficio , que tantas gripes me patrocinou, e onde tive que chegar ao cúmulo de ir buscar uma mesa e uma cadeira para poder dar-me ao luxo de ir fazer um teste! Ou então, quando turmas de cursos diferentes têm que efectuar exames na mesma sala, nada melhor não?! Pouco confuso... Para não falar dos senhores funcionários da secretaria que nos enxutam para o IPP e vice-versa, aqui uma salvaguarda ao Félix, que é o único que se vai mantendo informado.
E o bar? Se meia dúzia de mesas e cadeiras chegam para cerca de 1300 alunos, ok, quem sou eu para reclamar? Tanto que poderia ser dito, e que justifica na plenitude o aumento das propinas a que estamos sujeitos... Tantas melhorias que vi o ano passado ( a sinalização nas casas de banho e a pintura das paredes, uau, senti mesmo que o meu dinheiro foi útil para a melhoria da qualidade de vida na minha querida e amada escola!!!).
O meu tempo é escasso para falar desta merda... Mas aqui ficam alguns toques pelos quais me sinto priveligiada por frequentar o ensino superior!!!

Sunday, October 23, 2005

Portuguese Prejudice

Já não postava há algum tempo e eis que hoje me ocorreu algo sobre o que reclamar (!) : a sociedade preconceituosa em que vivemos... Não se pode fazer ou ter algo que não corresponda aos padrões usuais da banalidade de um povo conformista, que algum indíviduo desprovido de cerébro olha para nós como se fossemos aberrações iguais aos serial killers dos filmes de terror duvidosos, mas aos quais não resistimos ver.
Um "freak-show", triste espectáculo patrocionado por espectadores oriundos da idade da pedra... Por isso não me orgulho de ser portuguesa se ser português é ser meskinho, sim, sei perfeitamente que a mesquinhez não é característca de uma nação em particular, mas na nossa, é um ponto contra e encontra-se em larga escala!
Vivemos num cantinho sossegado mas pouco civilizado também: um cantinho onde ainda há muitas pessoas que só falam do que não sabem e não têm a curiosidade necessária para aprenderem coisas uteís ao seu crescimento pessoal.
Há pouco tempo, numa determinada aula ouvi uma rapariga dizer que no norte não havia falsidade: ela transpirava falsidade, tal é a ironia das coisas... Preconceituosos e com ar de superioridade: é assim que caracterizo os mentecaptos que por aí circulam, como se fossem o exemplo da virtude e da beleza eterna!!!
Sou uma criatura imperfeita e ao meu jeito pessoal algo imcompleta, mas pelo menos os padrões de vida diferentes do meus não me incomodam e consigo auto-avaliar-me como pessoa... A quem percebeu o meu ponto, um obrigado, aqueles que estão neste momento com um ar de reprovação só vos digo: a escolha é vossa, criaturas ridículas ...

Sunday, July 24, 2005

O tipo certo de errado/ perfeitamente imperfeito

Eis como te defino em poucas palavras... Num mundo de incertezas constantes, o que me assegura alguma estabilidade és tu, tu que és tão desigual do meu meio, mas por isso mesmo a tua singularidade me fascina... Tudo o que sei é que a cada momento que passa questiono-me menos sobre como deveria ser, o que deveria ter, porque desvendo a perfeição de ter alguém que me surpreende mesmo sendo algo diferente do que idealizamos...
O mistério da equação não é procurar por caracteristicas similares mas sim encontrar nas diferenças referências comuns... Quero-te cada vez mais e desejo mostrar ao mundo que não precisamos de excibicionismos para sentirmo-nos realizados, basta tão somente termos a compreensão e o entendimento do que parece escapar ao nosso mundinho tão obtuso, o mundinho no qual nos fechamos por questões de inércia e pretensas justificações de segurança (!) ... Sinto muita coisa que não devo, por breves instantes parece que desejo inconscientemente sabotar o que de tão precioso adquiri, mas sei que no fundo não o farei visto que tudo isto que já construímos ainda só é um belo início para algo ainda mais magnificiente...

Sunday, July 10, 2005

Menino Ambiguamente Determinado: Liot

Por vezes surpreendemo-nos com o que se passa à nossa volta, mas muitas vezes a maior surpresa é aquela que vai tomando o seu rumo. É assim que te vejo, como uma surpresa em permanente evolução, vais-te desvendando e simultaneamente te escondendo num turbilhão de actos e pensamentos positivos e confusos, como todo o labirinto que te percorre e zigzagueia o ambiente que te circunda... As pessoas mais interessantes são, de facto, aquelas que nos põem a pensar, mesmo quando as situações são simples e bastante objectivas. Alguém que consegue contagiar os outros com um grande sorriso só pode ser alguém que entra permanentemente na nossa vida, por mais que a distância real seja grande (!).
Num mundo de protótipos defeituosos, eis que as tuas imperfeições cativam aqueles que como eu apreciam um amigo complicado, com o qual dá para abstrair da vida, mas também para falar das coisas mais incomodativas e até mesmo embaraçosas.
A tua rota, a tua estrada perdida que constroís com determinação é o reflexo da tua aura onírica, é a tua imagística, simbolizando as opções indeterminadas para tantos outros, mas precisas para ti. Aproveita o teu potencial, isto é só um post,em breve dedico-te algo mais...

Wednesday, July 06, 2005

Tentativa de fracassar...

Mais um dia de pensamentos errantes e insatisfatórios... A inércia é isto mesmo, escrever, não obstante é uma forma de aliviar tudo isto que surge, assim, de rompante e me torna em mais uma pessoa disfórica e perturbada. Um estado de espírito que me invade por vagas, e, que cada vez mais, me faz aperceber da estupificação que é sentir, quando o que sinto é precisamente a falta de... A falta de coerência interior, toda essa coerência que tanto abomino e que intitulo de rotina, mas que nestes momentos seria uma mais valia. Palavras sem nexo, que assaltam uma pessoa desconectada, mesmo que, por ínfimos instantes. Pode ser que daqui a cinco minutos já sinta precisamente o oposto do que registei agora mesmo... Pode ser que esta vaga de disforia que insiste em me percorrer se perca, ou então, me faça perder de vez...

Tuesday, June 21, 2005

karmacoma

"You sure you want to be with me
I´ve nothing to give
won´t lie and say this lovin´s best
leave us in emotional peace
take a walk, take a rest
no, taste the rest
I see you are digging a hole in your neighborhood
you are crazy, but you are lazy
no need to live in a lean-to
your troubles must be seen to be seen to
money like it´s paper with faces I remember
I drink on a daily basis
though it seldom cools my temper
it never cools my temper
walking through the suburbs though not exactly lovers
(:::)
don´t want to be on top of your list
phenomenally and properly kissed
we overcome in sixty seconds
with the strenght we have to together
but for now, emotional ties they stay severed
when there´s trust there will be treats
(:::)
deflowering me my baby, you are my baby mate
I must be crazy, see I´m swazy"

Karmacoma, Jamaica´aroma, eis uma música que reflecte o meu ponto de vista sobre as relações...










Monday, June 13, 2005

Pensamentos taciturnos

Durante a noite as pessoas revelam integralmente o que o pensam, o que são, ou então ofuscam tudo numa bela pintura [pouco!] impressionista, é o néctar, esse néctar que nos liberta de tantos recalcamentos escusados...
A noite pode ser um jogo macabro, onde todos os ignorantes apostam e perdem, cada vez mais [ a noção de si próprios...] O que determina o bem estar é a nossa capacidade de nos conseguirmos amar e entender, quando estamos no extremo oposto retrocedemos, que foi o que me aconteceu por diversas vezes...
Cada vez perco menos, dado que apesar da minha configuração não ser, de todo, previsível já me rendi a mim mesma, e sei amar o meu ser, espero que tu também o faças sempre e não te percas no limiar do egoísmo que todos possuímos, e que, quando não-assumido nos leva a contemplar coisas oriundas dos nossos pesadelos, não obstante, todo o crescimento interior que esses últimos nos proporcionam.
A todos aqueles, que tal como eu, se perdem um pouco com coisas menores, os meus parabéns por tudo aquilo que conseguem demonstrar e, efectivamente, ser, não são precisas mais palavras para falar de quem habita no meu coração conturbado...

Lost highway

Tal como esse inspirador filme do David Lynch, é assim que me sinto... Por vezes lutamos contra quem somos e isso até nos torna mais fortes, mas simultaneamente perdemo-nos pois acabamos por não saber o que realmente desejamos tão avidamente. Quero-te, desejo-te, no entanto não esqueço acontecimentos de um passado recente que ainda me provocam sérias nauseas... Gostava que me respondessem de forma objectiva e clara, estou farta de interrogações retóricas.
Pode ser que este quebra-cabeças no qual ofusquei mais uma reticiência seja mais uma consequência do meu medo de arriscar... Arriscar é ter consciência de que uma opção nem sempre nos é benéfica, mas sim apenas mais uma representação da realidade, realidade essa que nos solta do mundo fantasmagórico que insistimos em criar (!).
Temo as minhas fraquezas, logo custa-me desvendá-las perante o olhar expectante de outrem. Desculpa-me por todos os momentos em que não falo do que sinto, em que me desequilibro brutalmente e sem razão aparente, em que divago e não sou correcta, em que me torno demasiado obtusa. Talvez não seja de fácil compreensão , mas o que demonstro ser é uma pequena parte do meu genuíno e imperfeitamente belo ser, tal como todos esses que me rodeiam e dos quais nunca me vou esquecer...

Saturday, June 11, 2005

Misunderstanding myself

Bem, mais um post sobre um momento em que tudo o que sei é que as incompatibilidades existem, e o risco de se acentuarem é cada vez maior. É absurdo como idealizamos tanto algo que, provavelmente, só existe dentro do nosso imaginário, e que, mesmo assim, é capaz de destruir o que de tão benéfico possuímos.
Gostava de conseguir contentar-me com o que tenho, porém o meu dia assim o diz: "Dia 28 - É um sonhador. Tem todas as chances do mundo de chegar ao topo, mas contenta-se apenas em sonhar com isso por pura preguiça. Ama a liberdade e sofre com freqüência por causa das limitações que a vida impõe. Avesso a convenções, gosta de fazer as coisas a sua maneira".
Desculpa se não sou perfeita, tu também tens a tua pesada carga de imperfeições (!), o pior é que tu não as admites... Pode ser que isto tudo acabe, todavia, desta feita, terás uma boa parcela da culpa, não se deve negar o que é evidente, a negação é uma forma de não-assunção do que poderia ser contornado... Pode ser que tudo isto se modifique com o tempo, ou que, no pior dos casos, nos conduza a um ponto de ruptura incontornável... Espero que, pelo menos, caso tenha que cessar, seja um cessar-fogo e não uma explosão de alta dimensão e loucura (!), visto que, por mais perturbada que me encontre, não quero perder o que de valioso [ainda] conseguimos construir...

Monday, May 30, 2005

Momento de felicidade intensa

Sim, não é um título propriamente original, mas neste momento é-me díficil dizê-lo de outra forma: obrigada por existires e por seres um dos 10%, o que, como a Ana Raquel sabe, existem no meio de toda a lixeira cósmica em que por vezes submergimos...
Espero que tudo aquilo que mostras se mantenha por muito tempo, e que, com o acréscimo dos dias haja também um acréscimo de significação de tudo aquilo que demonstras ser. Não sei se estarei a ser demasiado optimista, só sei que fartei-me de pensar nos contras e desejo viver avidamente estes momentos de felicidade que me foram concedidos na montanha russa da vida, já que sou um pouco impulsiva, há que deixar este rasgo de ânimo transbordar e não adormecer ou então viver na inquietação de quem só vê o que não existe...
És tu... Só por isso obrigado!

Thursday, May 26, 2005

Dedicado a ti! "Weiming" [2004 ?!]

" O materialismo ensinou-me,
primeiro o material, depois o espiritual,
o material é o fundamento de tudo,
a forma é o conteúdo"

Beijing doll


A filosofia de vida de quem se assume, chamem-me triste, eu chamo-me Sónia e sou um ser desprezível e adorável como tantos outros que por aí andam... O meu maior defeito é desprezar e adorar em demasia, possuo um temperamento deveras difícil... E já estou a divagar, demasiadamente, sobre mim. Tudo o que consegui abandonar ainda não foi suficiente, ainda me pesam as costas e esse maldito orgão que insiste em impôr-se à racionalidade...
Resta-me sonhar contigo, "Weiming", contigo que continuas tão submerso, perdoa-me se sou negligente, até pode ser intencional, mas se soubesses por que motivos me tornei assim, entender-me-ias, penso eu...

Old complaints [2003 leia-se...]

Bad temper

Maybe I should be less enthusiastic,
There´s not such a thing in this world we can validate as"fantastic",
why do I get so attached?
To things I should really forget?
This fucking glass makes me feel weak,
but, either way, I will never be thick,
Friends or something like that,
I don´t feel ready to know you, that is a fact.
I feel such a rage,
I know it must be an outrage,
Knowing you aren´t to blame,
Why do I have such an huge shame?
Deceptive appearances, persecute me all around,
Sorry, this is just what I have already found...


Life sucks, then we die,
private jokes make me cry,
´cause all the dolts are happy,
guess why?
Maybe if you try hard,
you´ll find you are really sad,
´cause you are already dead...

ps: Já se passou algum tempo, já não sou assim taaaaaaaaaao anormal ;P

Fabio I guess [ escrito algures em 2003)

Penso em ti, mal te conheço, "I´m a simple selfish son". Quando esta angústia se apodera de mim, os pensamentos avançam velozmente e com voracidade, não me permitindo uma visão coerente do que realmente se passa à minha volta. Sim, nós somos capazes de, a muito custo, distinguir uma ilusão de uma "deceptive appearance", de uma imposição infiel à nossa maneira de sentir.
Provavelmente quando te voltar a ver, tudo isto vai perder a sua significação, vai-se tornar num ridículo momento de loucura improvisada. O desconhecido atrai-me, porque pode ser perfeitamente imperfeito, o tipo certo de errado, tudo aquilo que me desagrada, contudo, me exalta. Como teria sido se naquela noite tivesse cedido às tuas investidas?!
Chega uma altura em que tudo se transforma, a evolução ocorre e o repúdio juntamente com o recalcamento causam a "extrema aversão".
Mudei, mas o meu lado fantasioso não esmoreceu, serei sempre uma criança imaginativa, engenhosa, e, nesse sentido, recuso-me a crescer! Só gostava de ter a capacidade,ou habilidade, mais concretamente, de delinear melhor a distância entre os dois campos.
Ser uma "Amélie Poulain" não é exactamente uma boa resolução a longo prazo. Um dia serei forçada a enfrentar a realidade mundana da qual tento tão avidamente desconectar-me...

Another strange place

Venho por este meio reflectir sobre mais um acontecimento duvidoso que ocorreu recentemente, mais precisamente ontem ( não subscrevi qual o dia exacto!). Há pessoas que possuem uma magia tal, que , mal as conhecemos temos vontade de descobrir ainda mais sobre a sua singela existência. É a tal inocência, que tanto me agrada , e que não é muito frequente nos tempos em que nos encontramos.
Alguém que ainda possuiu um brilho genuíno é algo díficil de vislumbrar, não obstante, o diamante não necessitou sequer de ser lapidado, tal é o brilho que emana e que imediatamente me ofuscou.
Provavelmente, daqui a uns dias nem sequer me lembro da tua peculiar existência, no entanto permanecerás aqui relembrado, porque pareces-me digno de tal acto. Talvez seja a treta do sexto sentido, talvez apenas o lado menos recalcado do meu ser, no entanto tenho plena consciência de que estou correcta. Provalvelmente a inocência não é um valor dominante para a maioria das pessoas, porém, para o meu estranho ser, continua a merecer lugar de destaque...

Ps: Não sei precisar quando é que isto foi escrito, mas foi algures no início deste mês...

Monday, May 23, 2005

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

Sim, estava a rever o filme, uma vez mais, e não resisti a postar sobre uma das mais belas obras de arte cinematográficas que já vi... O filme retrata na perfeição a vida pré-adulta/adulta: todas as confusões e questões que se desenrolam labirínticamente e acabam por conduzir a um mesmo caminho de encruzilhadas constantes (!). A Clementine, escusado será dizer, é mais uma personagem com a qual me identifico de uma forma assustadora, pela forma de pensar, tão impulsiva e ao mesmo tempo tão directa, o que nos dias que correm é algo cada vez mais raro... As pessoas limitam-se a ocultar tudo, a serem "Joels" com a lame excuse de que : "Constantly talking is not necessarily communicating." Admito, por vezes exageramos e falo por mim, que talvez fale demasiado de coisas muitas pessoais, por vezes, para noutras alturas esconder tudo num baú repleto de ferrugem, devido a todas essas pessoas que agem como "Joels looks-a like" e preferem permanecer secretamente confusas.
Ser adulto é viver rodeado de incertezas, um misto de alegria e infelicidade que alternam como o nosso estado de espírito oscila após uma ressaca violenta, mas desta feita com o contra de estarmos demasiado conscientes e sabermos que não se trata de um desequilíbrio quimico, mas sim de uma condição inerente a todo e qualquer frágil ser humano. Vejam este filme e sintam os problemas das personagens como se de os vossos próprios se tratassem... Resta-me deixar três das citações mais significativas deste magnífico filme...


Mary: "It´s beautiful, you look at a baby and it´s so beautiful, so free, so clean and adults are like this mess of sadness and phobias."

Clementine: "Joel I´m not a concept, I´m just a fucked up girl who is looking for my own piece of mind, don´t assign me yours, I´m not perfect."

Joel: "Why do I fall in love with every woman I see who shows a little bit of attention for me?"

Sunday, May 22, 2005

Boys wanna fight!

Esta música dos garbage descreve bem o caos em que mergulhamos, de cabeça... Todas aquelas sensações e situações que experienciamos sem percebermos como nem porquê...Ontem saí com a Claudinha e lembrei-me de muita coisa, a música remeteu-me para os tempos do saloon, e quando deu a tribe dos soufly eu e a Clau ficamos simplesmente histéricas! Estive com o Daniel e não senti absolutamente nada, como é possível pensarmos que estamos apaixonados e desapaixonarmo-nos com uma facilidade tremenda?! Insanidade temporária?! É libertador não estarmos presos a alguém que nem sequer preenche os nossos requisitos idílicos...
Quando o constrangimento é demasiado elevado acabamos por sabotar qualquer resto de prazer imediato. Desculpem-me mas não consigo: não consigo estar com um amigo sem pensar que é errado, com tabus e joguinhos mentais próprios da adolescência, agora que estou algures na minha "second coming of age" , prefiro ficar-me pelo que não conheço, para não complicar mais o que só conheço de uma forma superficial e controversa. Se realmente fores meu amigo vais perceber isso, senão só te digo isto: vai para a pilha dos itens inuteis e permanece aí, que é provavelmente o que mereces [ só tu o podes determinar...]
Ando sem paciência para os filmes independentes que os rapazes, aparentemente ainda na puberdade, se dão ao trabalho de realizar, mas de uma qualidade muito inferior à dos ditos filmes. Tanta complicação, tantos problemas que não são meus e que não deviam ser transportados para mim, o saco do aspirador está cheio, se quiseres vai tu comprar os próximos...

"They know best how they can mess with us
Nursing an opinion´s getting dangerous
and in a world where good´s not good enough
Let´s get loaded and kick up a fuss
[...]
I´m sick sick sick of saying nothing
Sick sick sick sick of doing nothing
I´m sick sick sick of saying nothing
But let´s get loaded"

Saturday, May 14, 2005

Página dilacerada

Aproveito mais esta espera na minha vida, aqui sentada em frente à biblioteca Almeida Garrett, para falar de mais uma reticência... Não dá para entender as opções das pessoas quando estas contradizem o que nós tendencialmente supomos, ou até mesmo o que elas outrora afirmaram tão veementemente...
Não fosse eu um pseudo-depósito de compreensão e tudo isto já teria sido abortado, tudo isto que só me faz sentir cada vez mais e mais bipolar. Ofendo vezes sem conta quem padece de tal desequilíbrio químico, mas é assim que me marcam, como se de dois extremos me tratasse e esticassem cada extremo até ao limite pelo prazer de rebentar com ambos. Ambos, ambivalência, mais um conceito que me é familiar, quanto mais não seja do filme "Girl,Interrupted", que é como por vezes me sinto, "ambi", "os dois"...
Este tempo é inspirador, esta espera só faz com que seja invadida de pensamentos irrisórios e errantes... O tempo de harmonia virá, estou certa disso, ainda a semana passada assim o foi, encontra-se junto de determinadas pessoas, assim como outras me levam a este estado deplorável de auto-comiseração. Todavia, por mais que assim o façam [estas últimas] continuarei a pessoa forte e combativa na qual me tornei, e aprenderei mais sobre a minha pessoa, a mais lúcida e importante de todas!

I tend to forget
I tend to interiorize
But it´s time not to let
This fucking mess jeopardize[myself]!

Friday, May 13, 2005

Wonderful electric!

Não, não estou a ouvir goldfrapp, mas sim fischerspooner... Relembro-me de todos os momentos passados no triplex, amanhã devo lá voltar, e de lá tenho recordações excelentes. Eu e a Claudinha divertidas e sem preocupações, sem tempo para longas metragens de fim duvidoso... Por vezes o importante é sentir, sem pensar, só estar em contacto com o que nos causa prazer e não reflectir sobre coisa alguma. Tudo o que não somos capazes de racionalizar torna-se num sentimento dubio, em algo para ser esquecido, portanto talvez o melhor seja simplesmente (des)racionalizar de uma vez por todos e buscar o prazer imediato proporcionado simplesmente pelo apuramento dos nossos sentidos.
Não consigo dormir, e não obstante, não paro de pensar em parar de o fazer(?!). Apenas por uma hora que seja, experienciar tudo aquilo pelo que passam as pessoas descomplicadas, tudo aquilo pelo que passo quando estou a ouvir uma musica electroclash, que me impede de remeter para mais (des)associações da minha experiência passada.
Prendemo-nos a pensamentos surreais, a pinturas de Dali, com todas as suas associações à libido de uma forma, a meu ver, tão opressiva ou então, melhor dizendo, obscura. Gosto muito de Dali, apesar de não ser uma conhecedora de arte, mas desta feita quero ser eu a pintar a tela, ou melhor a "iluminura" da minha futura vida...

Wednesday, May 11, 2005

Return to hell

Começaram as aulas, e eu sinto-me mesmo deslocada. Não percebo nada do que se passa à minha volta e começo a perder o interesse. Se é suposto tudo ser um amontoado de peças que não tem encaixe possível, para quê o mínimo empenho? O que importa tentar alcançar isto ou aquilo, quando o que realmente queremos se encontra num horizonte tão longínquo?
Pareço uma bipolar a falar, às vezes é mesmo assim que me sinto: bipolar, borderline qualquer desculpa cliche para se ser patético e agressivo( desculpem-me os portadores de tais doenças...).
Já tentei mudar mas não é possível mudarmos algo só por nós mesmos, quando ninguém se disponibiliza para ajudar, e, neste caso concreto falo de certas e determinadas pessoas que se põem com joguinhos mentais próprios da idade da pedra, melhor ainda, da idade da perda! Pois será isso que vai acontecer. Mais uma vez, agradeço a todos aqueles que não são assim, a todos aqueles que me fazem pensar que tudo isto não é assim tão mau. Os outros... e sendo grossa: que se fodam! Pois a única merda que sabem fazer é destruir toda à sua volta, inclusive eles próprios... Cobardes que tem medo de se assumir e de assumir o que não entendem, que se acham de uma superioridade exarcebada quando a única coisa que possuem é falta de criatividade e de personalidade. Este é o meu grito de revolta para todos esses que não se dão ao trabalho de construir o quer que seja, que só sentem bem no seu mundo tão, mas tão limitado!

Monday, May 02, 2005

Rules of attraction


Este filme, que exemplifica bem a vida pré-adulta inspirou-me hoje para a criação de um novo post. Andamos de tal forma com a cabeça à roda, que nada se resolve, tudo permanece guardado num cantinho da nossa mente, até que, por algum motivo "acidental", esse cantinho é desnudado.
Normalmente não é por um bom motivo, é o tal "acidente" que faz com que tudo o que não foi assumido assim o seja... Gostava que, por uma vez, se transformasse em algo positivo, e lá estou a ser demasiado pessoal, ninguém a conseguir perceber do que falo e por que motivo me lembrei disso. Falo de ti, falo dele, falo de tudo isto que não entendo mas que me dá alento, de uma forma mesmo engraçada. O teu jeito de falar é tão intenso, arrepia a forma como banalizas tudo e depois te tornas numa pessoa tão doce, sem te questionares sobre nada, tal como disseste"sou nervoso, indeciso e ansioso mas que gosto, gosto".
Esta semana foi demasiado intensa, a queima é sempre assim, uma pessoa acaba por não perceber nada do que vai na cabeça, nem querer perceber, o que importa é estar com os amigos, e nesse aspecto eu, a ju, a elsa e o liot curtimos muito.
Mas a última noite contigo também foi especial, pela tua naturalidade, és como eu, um aluado/louco/queridinho....
Tenha isto o rumo que tiver vai ser uma história para recordar sempre, e a nossa amizade não há de cessar, sinto-o...

Saturday, April 30, 2005

Perfect kind of love

Apeteceu-me fazer algo que em mim não é usual: homenagear os meus amigos. Não é que vocês não saibam tudo aquilo que vou dizer, mas sabem-no atrvés das minhas acções, que, não obstante, tonaram-se bem mais significantes que qualquer palavra proferida.
São vocês que merecem todo e qualquer tipo de análise emocional, dado que, no vosso caso, ela é instintiva, é por vocês, e só por vocês, que sei perfeitamente o que sinto e tudo aquilo que sou capaz de fazer.
Só a vocês opto por raramente mentir, não me apetece, digo-o, ou então quando minto são as mentirinhas mais insignificantes possiveís, e apenas para evitar futuras chatices. O ser humano é naturalmente "enganador", quem diz que nunca mente está obviamente a mentir a si mesmo..
Vocês dão outra cor à minha vida enublada, tornam-na vermelha e viva, tal é a cor de minha eleição. Podemos ter os nossos conflitos, com uns mais do que com outros: não é Ricardo? Mas isso só fortalece o nosso amor, e é por isso, e peço desculpa aos restantes, que sei que tu és uma das pessoas mais importantes da minha vida.
Não me vou pôr com mais observações pessoais, amo-vos a todos, e pronto, para alguém como eu isso é demasiado importante, saber situar-me em relação a determinadas pessoas, sem ter dúvidas do que sinto.
Este post veio na continuidade do meu egoísmo, de tudo aquilo que não sei sentir, mas enveredou por um caminho muito mais digno, não altruísta, essa palavra reservo às ínfimas pessoas que assim o são.
Não sou pessoa de grandes escritos, para mim o essencial diz-se em poucas palavras: adoro-vos e a vocês nunca nada será metaforizado, visto que a naturalidade que nos une é o factor mais importante.

Dedico este post às seguintes pessoas: Ricardo, Claúdia, Joana(s), Ana(s), Ângela, Paulo, Ruben, Sandra e Hélio...

Wednesday, April 27, 2005

High Expectations

Gostava de saber porque esperam tanto de mim?! Eu não sei o que esperar no geral, e à minha volta cercam-me com um muro de expectativas enormes, como se eu tivesse alguma aptidão fora do normal... Tudo o que demonstro é uma enorme insatisfação, que é interpretada ora como se fosse capaz de grandes feitos, ora como se tivessem medo do que me podem dizer. De qualquer das formas sinto uma grande pressão, no sentido de desejar que me vissem como realmente sou, talvez "muito capaz de" mas sobretudo " mais frágil do que".
Estou farta de interpelar quem não me diz nada e não dizer o que quero a quem quero! É a minha maior falha, aquela que não vejo meios de superar, que perdurará e se eu não me acautelar irá pôr termo a qualquer vislumbramento de autenticidade. Sou genuinamente pessimista, mas também existe mais do que aquilo que tão intensamente mostro.
Peço-te desde já desculpas, visto que não sei se mesmo a ti, que supostamente conheces tudo de mim, serei capaz de acompanhar sem a maldita máscara dos relacionamentos. Como o Paulo e eu um dia discutimos, é díficil livrarmo-nos de algo que, apesar de nos destruir, sustém as nossas preocupações que tendem a ser exarcebadas...

Sunday, April 24, 2005

Is this love that I´m feeling?!

Isto hoje vai assumir a forma de um relato... Sexta fiquei a saber que o Daniel gosta de mim, bem, já tínhamos bebido uns copos e foi muito estranho. Apercebi-me que também gosto dele, apenas tinha medo de o assumir. Somos dois seres loucos: foi preciso beber para confesssar os sentimentos. Ele tinha medo que eu não correspondesse aos seus sentimentos, escusado seria dizer porquê: não sou propriamente uma pessoa afectuosa e que transparece o que sente.
É estranho isto de gostar de uma pessoa que conhecemos há imenso tempo, que sabe quase tudo sobre nós, inclusive as histórias de outras paixões e as noites de bebedeiras desenfreadas... Mas por outro lado, conheço-o o suficiente para confiar nele, e se em cinco anos de amizade nunca nos chateamos, não estou a ver os problemas a surgirem agora...
Eu, que tendenciosamente, complico tudo, sinto-me agora segura e confiante, não sei se já para assumir uma relação, mas para estar com ele, e falarmos sobre isto...
Um post escrito num momento de alegria!!! Isto não costuma acontecer... :))

Monday, April 18, 2005

Pure Massacre

Encontro-me num seminário na Fundação Serralves e essa música dos Silverchair vai de encontro ao tipo de dor que me estão a infligir... Cada vez mais me sinto numa clausura labiríntica.
"Deformações e distorções", sim, é tudo isso que consigo visualizar momentaneamente... É claro que temos que nos conformar com coisas que nos desagradam profundamente, para conseguirmos transpôr o domínio do nosso amaldiçoado alter-ego, mas será que isto não termina?!
Estou farta deste tipo de pressão, como é que num espaço tão magnificiente quanto este se abordam as coisas de uma forma tão chata, tão estereotipada! Parabéns, acaba de superar um determinado professor a expôr a matéria de uma forma confusa e aborrecida!!! E depois queixam-se que Portugal não avança, e dinamismo? Onde é que ele anda?! Criatividade e interactividade, não?!
Alguns resultados que consigo atingir são satisfatórios, admito-o, mas maioritariamente colho as sementes oriundas dos meus próprios demónios, até que, "talvez um dia" acabe com essa reticiência impertinente!!!

Sunday, April 17, 2005

American Beauty

Não, este post não é dedicado a esse excelente filme, mas de qualquer maneira relaciona-se com ele. Toda essa falsa beleza que as pessoas procuram incessantemente, esse ideal irritante. "Beauty is in the eye of the beholder" é uma frase que já não se aplica. Estamos na geração do físico, do ideal supremo da embalagem perfeita, e nulo interesse no conteúdo. Atrevo-me a generalizar, visto que em 90% dos casos é o que se constata.
"Tem pinta". Sim?! E o facto de snifar coca, isso não interessa?! Desculpa amiga, sei que interessou e muito, mas tinha que aludir a esse facto... Falo e também reparo nisso, obviamente, mas já não me desperta o mínimo interesse para além do estético.
Estou farta que falem comigo por me acharem bonitinha, e que não reparem que tenho um cérebro e que funciona plenamente. Fartei-me de conversas cliche, de lugares-comuns, como diria a minha tão amada Claire: "You know what I wish? I wish that just once people wouldn´t act like the cliches that they are".
Atrevo-me a atacar a minha própria geração, que em vez de mostrar que pensa, limita-se a agir pelo instinto animal. Sabem, se temos espírito criativo e construtivo, é por alguma razão... Não é para ser usado apenas nos campos mais básicos...

Saturday, April 16, 2005

(none) feeling

Este post é dedicado ao Daniel, grande amigo, mas também amigo de grandes confusões. Normalmente não falo sobre paixões, não de forma tão explícita, mas hoje apetece-me, até porque, é sobre a falta de paixão( para não variar) que me vou debruçar.
Não percebo o que nos consome, sim, é o desejo, mas ao fim de cinco anos de amizade não é normal, mesmo tendo a pessoa em questão admitido, já há alguns anos que se sentia atraído pela minha estranha pessoa...
Bem, não sei se isto é saudável ou não, mas quando o nosso amigo é, (fisicamente) a perfeição, resistir, é tarefa que não se afigura possível. Hoje será mais uma noite de convívio, ou melhor será dizer, alcoól, e veremos o que se irá suceder. Seja como for, estou farta de ser a "miss non-sex", o celibato acaba por cansar, e , não é por ser com uma pessoa amiga, que até não é boa ideia.
Alguém que nos conhece, e pelo qual o sentimento é apenas de afeição simbólica, não possui o poder de nos magoar, o que, para alguém tão cobarde como eu é perfeito. Falo demais, mas já sei que na prática vou continuar à procura de alguém que não existe para partilhar qualquer rasgo de intimidade física comigo. Too much exposure? Who cares! A pessoa que me interessar, não há de ler isto antes que tal me apeteça. Até lá, obrigado por existires (blog) , aqui ficam mais uns pensamentos de uma miúda overrated...

Thursday, February 17, 2005

And... It´s February!!!

Não me perguntem por que motivo gosto dos títulos em inglês, serei obrigada a responder que é por me parecerem mais reais. Bem, posto isto já comecei a divagar e cá estou eu num momento importante para mim, insignificante para tantos outros: o meu ódio vago por este país de merda. Não tenho escrito nada, mas não é por não ter sobre o que escrever, estive em Londres e apesar dos contratempos que tive que enfrentar, desta vez sem um rasgo de culpa, o facto é que ao voltar senti mais uma vez tudo o que odeio... Apatia, tédio, tudo isso que me faz agir como se fosse uma cabra ingrata quando no fundo até sou uma cabra agradecida.
Não espero que alguém me entenda, eu sou mesmo um ser inexplicável, só quero que saibam que apesar de todo o nevoeiro ainda existe uma fatia de bolo de chocolate à vossa espera( tinha que brincar com comida, visto ser uma das minhas adições ridículas).
Também não entendo a razão da minha exposição, já que a vulnerabilidade que me é intrínseca causa-me nauseas, e apesar de hoje não estar a escrever merda nenhuma continuo a fazê-lo. Parece que agora estou oficialmente sem talento para o quer que seja. Preciso voltar a sair daqui urgentemente, em Londres vislumbrava-se um brilho no meu rosto, alegria, mas agora com mais estes problemas dos quais me recuso a falar isso não fará parte dos meus próximos projectos.
Bye 4 now*

Sunday, January 23, 2005

Psychological needs

Tanta dor, não sei por que motivo me atacaste ultimamente... Tudo isto que não quero sentir, mas que se me impõe e me faz desfocar a lente, uma vez mais. Daqui a uma semana vou tirar férias de tudo isto, quem sabe, até da minha própria identidade, e assumir novas formas, formas essas, espero eu, mais aliciantes. Não consigo perceber o motivo de tanta ansiedade, talvez a nulidade do ser humano me assuste demasiado. Talvez esteja farta de todas estas conversas banais, pessoas sem conteúdo que se cruzam no meu caminho e que, inevitavelmente, acabo por rejeitar. Rejeito-as tal como rejeito o meu exterior. Nada se afigura mais importante do que a personalidade, se bem que também seria hipócrita se fingisse que a aparência não importa...
Onde estão todos esses que me entendem? São poucos os que falam a mesma linguagem do que eu. Recentemente incluí outra pessoa na categoria de "good achievements": a Ana Raquel. Não me admira que nos chateemos no futuro, mas já há muito tempo que não encontrava alguém com uma personalidade extra-ordinária( sim, sei que não é assim que se escreve, mas é para que entendam o que pretendo dizer...). De resto, só vejo mais e mais pessoas desbotadas e outras tais que são idiotas demais para merecerem uma qualquer forma de catalogação. "Eu quero", efectivamente, quero. Quero mudar e quero deixar de me afectar por toda a banalidade que me cerca. Um dia virá ao meu encontro, ou eu darei o derradeiro passo para enaltecer algo mais... Não será uma pessoa, essas são naturalmente enaltecidas quando surgem e me conquistam, tarefa tão árdua...

Saturday, January 01, 2005

Sentes a forma como te odeias? Odeias a forma como te sentes?

Estou a ouvir Bush, e a sentir toda uma ligação com esta música. Já há muito tempo que me apercebi que a minha verdadeira natureza não é a outra face da moeda. Tudo de trás para a frente, tudo uma distorção constante, a junção dos factos já não me amedronta, estou consciente de que não posso desistir desta luta, ou então nunca mais serei capaz de me reencontrar algures, onde alguém será capaz de ver tudo o que encobri neste nevoeiro dissimulado. Continuo a interpretar a minha vida como um quebra-cabeças, sei que existe uma mensagem subliminar que me vai ajudar a ser o que amo mas também tudo aquilo que ainda não fui capaz de apaziguar, num lugar de destaque do meu ser. Sei que a razão destes momentos de angústia está intimamente relacionada com o meu medo de ser feliz, e com todas as corrosões que deixei adormecidas dentro da minha mente. Já não gosto tanto de sonhar acordada, sinto que a minha imaginação foi catapultada, no entanto, quando me limito a sentir, nem tudo se perspectiva de uma forma tão negra como um dia quis pensar que assim o era. Foi tomada de assalto, e eu não ofereci a mínima resistência, porque deixei de reinventar o meu quotidiano, deixei subsistir uma pobreza de espírito, que parecia tão inofensiva mas poderia ter sido letal, se não a tivesse travado. Questiono-me se a terei travado a tempo e tudo o que sei é que, por mais momentos de inércia que viva, não me acomodo mais, o meu sofrimento absurdo mantém-me desperta, até que um dia, puderei resgatar o que perdi e reverter o que não cheguei a sentir...