Tal como esse inspirador filme do David Lynch, é assim que me sinto... Por vezes lutamos contra quem somos e isso até nos torna mais fortes, mas simultaneamente perdemo-nos pois acabamos por não saber o que realmente desejamos tão avidamente. Quero-te, desejo-te, no entanto não esqueço acontecimentos de um passado recente que ainda me provocam sérias nauseas... Gostava que me respondessem de forma objectiva e clara, estou farta de interrogações retóricas.
Pode ser que este quebra-cabeças no qual ofusquei mais uma reticiência seja mais uma consequência do meu medo de arriscar... Arriscar é ter consciência de que uma opção nem sempre nos é benéfica, mas sim apenas mais uma representação da realidade, realidade essa que nos solta do mundo fantasmagórico que insistimos em criar (!).
Temo as minhas fraquezas, logo custa-me desvendá-las perante o olhar expectante de outrem. Desculpa-me por todos os momentos em que não falo do que sinto, em que me desequilibro brutalmente e sem razão aparente, em que divago e não sou correcta, em que me torno demasiado obtusa. Talvez não seja de fácil compreensão , mas o que demonstro ser é uma pequena parte do meu genuíno e imperfeitamente belo ser, tal como todos esses que me rodeiam e dos quais nunca me vou esquecer...
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