Sunday, December 17, 2006

Enfim...

E porque o ser humano é básico, tudo o fere, tudo o agride mesmo quando provém do desconhecido. E sim, falo de vocês e falo de mim, só para deixar aqui bem claro que neste meu blog tão "insultuoso" falo de muitas coisas. Este blog não assenta os seus pilares numa critica exaustiva a um grupo estudantil do cara*** da ESE, essa sim, que merece uma lista de criticas sem fim. Falei de vocês uma vez, UMA VEZ, mas a comunidade resolveu logo juntar-se toda, porque esta menina disse coisas muito más sobre vocês,é que vocês não frequentam o curso menos aborrecido da ESE nem nada. O que me desiludiu é que pensei que logo vocês fossem ignorar o meu pseudo-ataque, mas até imagino como tudo isto possa ter surgido e sinceramente, torno a dizer,o quê? Querem que vá ter com vocês, e vos diga o quão ridículo tudo isto é?! Mas não retiro a mer** do post porque faz parte do que aqui escrevo, faz parte do meu ser e da minha merda pessoal da qual me orgulho de expor, porque se alguns de vocês vivem num mundinho de perfeição, lamento mas ela não existe. Se excluem as pessoas que não vivem num mundinho cor-de rosa, azar o vosso.Falem mal de mim, como até agora fizeram, se vos sabe tão bem. Têm tudo o direito de aliviar a tensão assim, e ficamos numa posição de igualdade. Numa coisa concordo com o meu amigo Batoru, devo ter uns 70 posts, e isso não interessa a ninguém, pois claro ( e ainda bem, porque se aqui não pus fotos nem nada para mostrar ao mundo o meu rosto foi justamente por dirigir isto a mim e às poucas pessoas que do meu mundo fazem parte ou, às poucas que vou acolhendo) , o que importa é um post em que toco nos "intocáveis", naqueles que não admitem falhas no sistema.
Sou, orgulhosamente uma eterna falha! Um ser minimamente robótico mas maioritariamente humano: inteligente/estúpido, triste/alegre, feliz/infeliz, consciente das minhas potencialidades e limitações. E uma bomba na ESE, anyone? Agora falo para o meu o meu "público" do costume, já não basta as razões do costume para odiar aquilo agora a concorrência vai nos levar sem a mínima hipótese para o desemprego. Amigo, isto devia começar a incomodar-nos dado que não andamos a lamber o ass de determinados profs para nos safarmos, e que a nossa presença cada vez se faz notar menos (felizmente!!!) Mas, ainda felizmente, a nossa vida não se baseia só naquele sistema opressivo, haverá sempre alternativas saudáveis para toda aquela praga que CONSCIENTEMENTE ESCOLHEMOS e TEMOS TODO o DIREITO DE CRITICAR. Até já meu adorado amigo, hoje preciso da tua boa dose de humor perspicaz, daquele que será sempre uma boa razão para referenciar aqui e ali no meu blog, inúmeras vezes, visto ser alguém que realmente me importa, como dá para constatar. Love ya****

Thursday, December 14, 2006

Orgia alimentar

E pronto, tenho mesmo que dedicar um post à comida! Acabei de comer duas taçonas de chocapic, os meus cereais de eleição, os quais me confortam antes de mais um dia de aulinhas. Amo comer, amo mesmo. Sou uma magra pouco convicta (mas que já completou 6 meses com o novo peso pluma :P), que por mais que se preocupe com coisas de "gaja" (as in: peso) não passa sem uma lista de "comidinhas", e aqui vai uma lista do que ADOROOOOO:

- Cereais e afins = Chocapic, Milfarin, Aveia Integral em Flocos;

- ainda fazendo parte do 1º grupo mas resolvi separar: pão de forma integral sem côdea, pão de mistura, arrufadinhas( aquecidas no micro com planta :P), cacete, bicos de pato;

- sobremesas/doces que costumo ter em casa: provamel de caramelo, chocolate preto (até o de culinária), iogurtes de côco ou adágio magro de chocolate, barras chocapic, bolachas (de soja, aveia, aveia e chocolate, mini-driver, tartelettes, algumas integrais - as que não sabem a palha), kinder délice; os que se seguem não tenho em casa mas saboreio de vez em quando: sundae de caramelo (aos sábados não lhe resisto :P), palmier recheado ( o da Mengos, já não como um há mais de um mês nham), os lanches de santa catarina (anteontem saboreei um, tinha mais saudades dele do que de muita gente!!!), brasileiros, bolo de cenoura, e uma lista extensa de pasteís que não tenho tempo para enumerar e muitos dos quais não como há imenso tempo...

- fruta e legumes: maçã, DIÓSPIRO, morangos, melão, ananás, pêra, banana,uva tangerinas/ bróculos, feijão verde,abóbora, cenoura, couve branca

tubérculos: batataaaaa de preferência cozida ou assada porque fritas são óptimas mas só como uma ou duas vezes por mês;

carne: branca, não gosto muito de carne vermelha principalmente de porco, mas não resisto a uma boa alheira e acabo sempre por passar mal, isto desde os tempos que ainda tinha muita chichinha hehe.

Peixe: truta, faneca, dourada, postas de pescada, delícias do mar (surimi!), linguado... Gosto mesmo muito de peixe,por isso não me custa ter hábitos de alimentação dentro do saudável!

- Massa e arroz com fartura: massa tricolor, canelones, esparguete com direito às mais diversas combinações;

enchidos: linguiça, chouriço, mortadela

no pão: planta ( não consigo resistir-lhe e não tem provocado estragos), compotas (abóbora, cenoura e morango), filadélfia, queijo fresco

evito mas amo ou amo mas evito; nutella, pizza, lasanha, cordon bleu, panados, rissois, emapadas, bolo de chocolate, bolo de massapão, ovos moles, pão de ló de ovar, twix, kit kat, toffee crisp,cadbury, caffe latte, choco latte ...

- também adoro sopa de legumes e saladas daquelas que levam de tudo: adoro pasta de delícias e pasta de atum!

Não tenho mais tempo disponível, mas como qualquer ex-chubby AMO COMER, só que tenho que moderar, não é? Por isso também tive a sorte de gostar de vários alimentos saudáveis para equilibrar as coisas, ou tentar pelo menos!

Muito estranho em tanto tempo que escrevo não homenagear esta minha paixão, mas tanto que ainda está por escrever pela minha amarga persona! Wanna share food interests? lol****

Monday, December 11, 2006

Sensações

Para sentir não dependemos de ninguém, não precisamos de uma multidão em nosso redor. Quando vou na rua não olho para nada, chamem-me despassarada, eu considero-me atenta. Não vejo caras, não ouço disparates (a não ser os que me são quase gritados, e aos quais respondo por instinto), limito-me a sentir. Sinto o vento na minha face, sinto o frio até aos ossos, sinto o meu ser a flutuar numa liberdade que é a de quem - MOMENTANEAMENTE- não quer saber da companhia dos outros seres, que como eu têm muito para amar e muito para afastar.
Se me perguntarem ainda porque só estou com algumas pessoas e não me dou ao trabalho nem disponibilidade de estar com mais, prontamente respondo: amo a solidão! Não em exagero, nem me considero anti-social mas só algumas pessoas me afectam verdadeira e beneficamente, sendo que uma delas, em jeito de homenagem, é a minha mãe. Essa mesma que me assistiu sempre que precisei, e a qual é das pessoas mais fortes e autênticas que conheço.
Grupinhos? Dispenso, se quero ver uma novela vejo a "Tempo de Viver", tem intrigas e sarcasmo q.b.
No acto de sentir podemos ser seres autónomos, não querendo eu aqui dizer para nos isolarmos permanentemente, pois como referi também "ressaco" algumas pessoas, mas sim para experimentarmos uma nova gama de cores e sabores no silêncio. Jà o Joel diz que "falar constantemente não é necessariamente comunicar". Concordo plenamente! Posto isto, enjoy the silence! Mesmo na confusão do natal e na baixa da cidade, esqueçam o mundo, esqueçam os infelizes ou felizes que por vocês passam e sintam, sintam na plenitude que estão vivos, seja qual for o vosso estado de humor.

Thursday, October 05, 2006

"As if!"


A minha vida já foi como no "as if" mas isso não interessa para nada... Tenho saudades de ver a Sooz, o Jamie & so on. Não tenho nada de importante para relatar, apenas que sinto falta de algumas desventuras, algo de novo, de palpável que me faça "pulsar", e lembrei-me desta série genial, que me entretinha ao ponto de dar seca aos amigos, também por ser um retato muito próximo do quotidiano de um grupo de jovens. Á Emily Corrie os meus parabéns, mais uma promessa de actriz ao estilo da Lauren Ambrose. E neste dia resta-me descansar, já que amanhã vou ter uma aula interessante, outra menos interessante, rodeada de pessoas que não me interessam para nada. Afinal,quem envelheceu prematuramente no meio desta infestação de gente entediante, surpresa das surpresas, fui eu! E cada vez mais me coloco ao nível de uma estátua, não só controlo as emoções, como todas as outras funções em busca de uma imperfeição socialmente aceite. Esqueçam lá, há estátuas bem mais expressivas!

Wednesday, September 27, 2006

Datas "especiais"

Datas especiais, ou não! Porque de especiais não têm nada, o mood farrapo humano vai ter que me abandonar, mas primeiro deixem-me descarregar o que penso sobre aniversários. Desculpa-me Sandra, porque gosto bastante de ti, mas desagrada-me isto de só estar com certos amigos quase exclusivamente nestas alturas. Parece uma imposição. Parece que toda a gente só atribui importância a festejar mais um dia como os outros. "Estou a celebrar mais um ano de existência, uau, e ainda ontem estava a rogar pragas a todos os aspectos da minha vida!"
Pessoalmente odeio fazer anos, este ano o meu namorado fez-me uma festinha supresa, foi um querido, cheio de óptimas intenções, e assim até me soube bem. Mas agora andar a combinar jantar, falar com pessoas para celebrar mais um estúpido dia, quando sei que metade não vai, porque essas pessoas só estão interessadas no seu próprio aniversário, desculpem-me mas estou farta de tudo isso. Toda a gente tem a desculpa perfeita, a minha não o é. Não vou mentir como os outros que não vão porque não querem gastar o seu precioso dinheiro e inventam mentiras parvas, eu não quero simplesmente ir porque sei que quando sou eu só posso contar com duas ou três pessoas. Deixemo-nos de hipocrisias, serei para os outros o reflexo da amizade que eles têm por mim. Não vou para encher a mesa, fartei-me disso. Posso não estar rodeada de amigos, e por isso mesmo não vou fingir que estou para agradar outrém. Vou apenas aqueles aniversários que não são uma fachada, nos quais não sou um improviso de última hora, sou demasiado egoísta, quero lá saber, mas não sou mais egoísta que o resto dos meus supostos amigos, nem me vou armar em boa samaritana. Se leres isto Sandra, fica chateada, não fico minimamente importada. Sinceramente tenho problemas maiores com que ocupar o meu imenso ego, e um deles neste momento é estar saturada com o ser humano em geral. De todas as mesquinhices do bando de egoístas que somos. Talvez eu seja uma dessas pessoas que vive melhor sem as bolinhas e a p*** da estrela na árvore de natal ( mais uma época de pretensões, esta pseudo-metáfora encaixou-se na perfeição).

Tuesday, September 26, 2006

Chega do mood farrapo humano!

Nada de substancial para relatar, a não ser o facto de que apesar de me sentir um lixo, não vou ceder mais às investidas do meu egocentrismo quotidiano. 2º dia de aulas e até agora não me posso queixar de nada, o novo professor ( museologia) parece ser um bom profissional, do Sérgio Veludo também não tenho motivos de queixa, nem da Inês Pinho, digam o que disserem dela. Não estou para confraternizações com a respectiva turma, mas reconheço que também tem algumas pessoas simpáticas. Continuo a sentir um sufoco sempre que piso aquela instituição, mas focando-me no que é importante, o curso, não tenciono começar a cambalear novamente. As coisas poderão não correr bem, mas tenciono esforçar-me no sentido contrário.
Se todos morremos sozinhos porque atribuímos tanta importância ao ambiente que nos rodeia? Porque é que aquele cerco me aperta, se não me desperta o mínimo de interesse? Se me estou a borrifar para todos os aspectos na minha vida, se continuo a ser uma desistente assídua, já agora completo o ciclo e desisto também de desistir! Nada é dramático nem intenso demais, mas por isso mesmo me dedico demais a sabotar a minha própria inércia injustificada. Paro de pensar, insatisfações somadas, se não tenho paciência para mim mesma pelo menos vou sobrecarregar esta existência que não deveria ser um fardo, como coisas uteís. Estão aborrecidos que chegue com esta data de coisas chatas? Pois eu não... Aborreci-me de tanto aborrecimento,de tanto medo de fracassar, quando o maior fracasso e este "nada" que me invadiu. Se me quiser divertir recorro a umas cervejinhas, já que alegria natural não está em alta. Para já quero encarar a realidade: pessoas aborrecidas são pessoas que não se interessam por nada nem por ninguém, o que corresponde (na plenitude) ao meu retrato actual que pretendo rasgar pedacinho a pedacinho. 2ª feira tenho consulta na psicóloga da ESE, não sei bem porque o fiz nem o que me aguarda. Pensem o que quiserem.

Sunday, September 10, 2006

E as queixas não cessam...

Não me dei ao trabalho de pensar num título porque tudo o que me apetece agora é simplesmente queixar. Queixar-me desta reprodução deslavada do meu ser que insisto em perpetuar. Imaginas a vida sem o seu lado descontraído? Bem, é tudo o que é preciso para me teres na mente. Sou composta de 90% nervosismo, 10% irritação. O que aconteceu à menina bem disposta e alegre? Metáfora barata: tropeçou algures e não se tornou a levantar. O orgulho faz-nos sentir que somos detentores da razão e por vezes não passa de mera estupidez. Sinto-me absurda, desprovida de bom senso, inerte, ainda mais paradoxal do que o que já era e perto da insanidade, apesar de não saber até que ponto é que não somos todos assim sem tirar nem acrescentar nada.
As ruas já não me dizem nada, as pessoas saturam-me, a noite é uma perda de tempo e tudo isto porque eu perdi o interesse que tinha por mim. É fácil reprovar e sentenciar os comportamentos dos outros, é fácil desligarmo-nos emocionalmente do mundo em nosso redor, quando o problema está em nós.
Admirar as imperfeições, aceitá-las, eis o ideal de quem não é tolo e gosta do que tem. Negar a nossa essência e não a confrontar, a cobardia daqueles que não ousam expôr a sua merda para que todos gritem bem alto: "Afinal vive algo dentro de ti!".
Não me apetece falar, não me apetece atender o telemóvel, não me levem a mal, mas tudo o que me apetece é o cliché de me isolar e confrontar a minha merda antes de a despejar na próxima vítima. Uma vida regular, sem grandes sobressaltos, uma vida por construir à imagem de uma pessoa sem fortes raízes mas também sem grandes pretensões.Feito!

Sunday, June 11, 2006

I don´t need more image issues...

Título da treta para um post de treta... Um desabafo, nada mais. Por mais que me tente adaptar ( e desta vez falo de mim e para mim! ), não se adivinha uma solução. Depositamos as nossas amarguras na comida, deixamos de depositar e o vazio passa a povoar o estômago e a mente, até que deixa de sequer passar pelo estômago para abarrotar a nossa mente. Tinha uns quantos quilos a mais, agora aparentemente sou normal, a chegar à fronteira do magro, mas quem quer saber? Olho para mim e também não vejo nada de muito significativo, não perco mais peso para não me rotularem de anoréxica. Não obrigado! O que como mantenho no estômago, e se como menos, não deixo de fazer as refeições todas, portanto arranjem algo mais para "trashar". Se durante anos me sentia mal pela barriguinha e pelo culote/coxas proeminentes, agora sinto-me mal simplesmente porque não sou uma pessoa feliz. Algo que o entusiasmo inicial de vestir "S" e calças 1 e até mm 2 números abaixo não se pode converter em factor de alegria. Num país onde me sinto sufocar, numa instituição onde não faço um uso proveitoso das minhas capacidades, nada me pode contentar mais que o meu descontentamento e a minha apatia, vulgo pura preguiça. Poupem-me os sermões, quem quiser que lute pelos seus objectivos e pela sua própria felicidade, eu queixo-me e nada faço, até algo mais me conduzir para fora daqui...

Tuesday, May 16, 2006

Presa por um fio de metal...

Traçamos objectivos ao longo do nosso percurso existencial, executamos autênticos esquemas de acção para nos perdermos na imensidão dos nossos pensamentos e num objectivo ainda maior: permanecer inquebráveis. Falo no plural, como sempre ,para parecer menos egoísta e perdida nas minhas contradições, falo dessa forma na terna esperança que alguém não faça juízos sobre os meus desvarios e de alguma forma se identifique.
Cada um de nós tem a sua própria capa protectora, a minha é a estranheza, mas num sentido pejorativo e aparentemente desajustado. Se sou uma pessoa especial para uns, também sou uma valente merda para outros, aqueles que me julgam sem me conhecer, tal como eu o faço com outras pessoas. Há pessoas que têm o poder de nos irritar e de exarcebar o que de menos bom possuímos, trata-se do ciclo da vida, e neste momento o meu objectivo já não é ser amada ou desamada mas apenas ser o que sou, com quem me sinto bem. Tantos pensamentos que se anulam, como o ser humano se anula todos os dias. Ninguém é um poço de virtudes, mas se há algo que valorizo são pessoas com valores: não ideologias baratas próprias da adolescência mas valores genuínos, que se transmitem nos mais simples actos. Sei quais os meus valores e os meus pontos fracos, sei porque me anulo, só não sei deixar de me alienar do que me incomoda e gritar bem alto, BASTA!!! Tudo o que sei é criticar e ser mais um ser perfeitamente imperfeito, que aparenta estar dormente mas na realidade está apenas oculto. Vou sonhar, sonhar com a simplicidade que não existe sem pretensão, com a pretensão que não existe sem insegurança, com os defeitos que não existem sem virtudes...

Friday, April 14, 2006

Oniricamente descontente

"No one has normal relationships", acabei de ver Six Feet Under, um tremendo poço de inspiração, e como eu entendo a Brenda! O medo da intimidade é algo que persegue o ser humano, quanto mais gostamos de alguém, maior é a vontade de sabotar tudo,de reparar nos pormenores mais insólitos, para que o escape às responsabilidades pareça pertinente.
Parece que tudo se constitui não como uma clausura, como muita gente parece defender, mas sim como um labirinto temeroso, onde as nossas razões se confundem nas razões de outrém, alheio aos nossos pensamentos mais sórdidos.
Por mais que me tente debater não encontro uma solução que se afigure consciente, amordacei-me de tal forma que até os meus pensamentos condeno, os pensamentos que se fossem proferidos poderiam me ajudar nesta altura de tensão psicológica.
Sonho com tudo isto,e de uma forma puramente metafórica , o meu descontentamento traduz-se na inquietação constante dos meus sonhos surrealistas.
Porque é tão difícil enfrentarmos estas pequenas grandes coisas? Porque me custa tanto revelar o que me faz sentir tonta todo o tempo? Terei assim tanto medo de demonstrar que não estou a adaptar-me facilmente? Que no íntimo do meu ser ainda falta ouvir uma parte de mim?
Quando nos pomos de parte por uns instantes que seja, os próximos passos que damos parecem repletos de egoísmo. Um egoísmo como que desumano. É humano ser egoísta, ser frágil e ter momentos de solidão pertinentes, certo? Quero soltar a minha voz, largar esta angústia que me persegue sem perder nada do que ganhei. Egoísmo mais uma vez, o egoísmo típico de quem se sente inseguro e não quer abdicar de nada. Não consigo produzir nada mais que este desabafo que, até a mim, me parece incoerente. Nas minhas próprias palavras encontrei e desviei simultaneamente a solução. Tudo isto, presentemente, não serviu de muito. Servirá para um dia sonhar sem encargos, soltar o meu descontentamento e rumar pelo caminho daqueles que ousam enfrentar os sonhos!

Wednesday, April 12, 2006

Extreme makeover

Camuflagem dita camuflagem, e tudo não passa de mais um ciclo vicioso e desvirtuoso. Por mais que tentemos escapar a rótulos, na verdade sempre seremos rotulados:não pelo que somos, mas pelo que ostentamos ser. Mais um paradoxo da minha singela existência, sigo a corrente, e continuo a julgar o que vejo sem sequer o sentir genuinamente.
Sou uma daquelas pessoas que se adapta muito facilmente, visto uma máscara, dispo e visto outra em questão de segundos. Não são máscaras incutidas de malícia, mas máscaras extremas, nas quais acabamos por ter dificuldade em nos reconhecermos.
Quando falo de extreme makeover, é porque se trata de um processo similar ao ditado em prol do ideal de beleza: mudamos radicalmente a nossa forma,não de ser, mas de agir, em função do que pretendemos demonstrar perante outrém.
A natureza do ser humano, e a sua pequenez e finitude leva-o a criticar o que o rodeia de uma forma minuciosa. A barreira constroí-se quando as críticas deixam de ser constructivas e passam a ser apenas esboços de maldade. Ser maldoso, arrogante ou brincalhão torna-se perigosamente divertido. Quantos de nós não o somos nem que por breves instantes apenas? Quantos de nós o são constantemente, não é amigo? Lembrei-me de ti, obviamente, e não fosses tu assim tudo seria diferente e sem graça, mas apenas porque conheço o recheio(as restantes facetas). Já te questionaste sobre como as pessoas te vêem? E como isso nem sequer te afecta? Penso demais, e agrada-me como a tua suposta malícia não deixa de ser algo deveras interessante. E como, estando eu num "suposto meio-termo" prefiro a malícia genuína e até a apatia à felicidade utópica e hipócrita de muitos( isto vai ao encontro do último post do teorias...).
Façamos uma extreme makeover, mas uma na qual não o façamos para agradar outrém, apenas uma adaptação rotineira das nossas facetas, ok? Apenas algo no qual a noção da nossa realidade humana continue confusa,mas presente. Chega de hinos à felicidade,só assim os instantes em que não somos egocêntricos e conflituosos serão verdadeiramente aproveitados. Chega de simulações e de risos quando só queremos agir em prol do que nos faz falta: seja algo bom e humanitário ou apenas mais uma necessidade oca e materialmente humana!

Monday, April 10, 2006

Breve homenagem ao Batô

Neste sábado revisitei o Batô, já não ia lá desde 2000! É um daqueles sítios dos que quais retenho boas memórias, aliás "apenas" bons momentos passados numa altura que só me queria divertir sem preocupações, sem vislumbramento de amores, apenas com o meu grupo de amigos de então. Amigos que no fundo são apenas bons colegas, bastante separados pelas circunstâncias da vida, mas daqueles que se pensa sempre com carinho e com os quais ainda se mantém algum nível de contacto.
Desta feita, fui como o meu amor e com um grupo de pessoas dos quais destaco duas: A Ângela e o Bruno, os quais considero grandes amigos. Revivi a diversão de outrora, dançando incessantemente músicas que já são um habituée na casa, e umas quantas novas no reportório. Um local mágico, onde uma pessoa se sente bem. Um local acolhedor, na sua dimensão modesta e decoração criativa.
A noite de sábado assumiu-se como uma passagem de momentos tão ou ainda mais mágicos do que os que passei no decorrer do ano 2000, razão pela qual confesso um certo receio de voltar lá. Quando a magia é muita uma pessoa tenta resguardá-la o máximo possível, para um dia mais tarde a saborear, porque se um dia o sabor muda, a recordação também assume outra configuração. Em 2000 o sabor foi constante, mas tanta coisa que se transformou, que o mais acertado seria guardar um pouco do sabor que revivi. Não digo que é o que vou fazer, neste momento não tomo esse tipo de resoluções drásticas, quero aproveitar o gosto da Primavera ao máximo, com as suas tonalidades ricas e vivas. Reviver e também prosseguir, pensar sem ofuscar demasiado o brilho das coisas. Acima de tudo sentir! E porque senti o Batô, porque tudo o que ele era permanece intacto, e não foi corrompido por uma sociedade onde o mágico é rapidamento esquecido em detrimento do Roço & Bacanal, perdão R&B ,ficam aqui algumas palavras de afecto, dedicadas a um sítio que merece mais a minha atenção do que a estupidez de determinados seres humanos.

Sunday, April 02, 2006

Trainspotting Revisited


Uma parte da nossa geração está numa de trainspotting, com um ego imenso, pensa que pode submeter-se e "controlar" tudo. Bem, o que se vê é um estado de degradação acentuado, no qual as pessoas fazem coisas que ultrapassam a sua própria compreensão e as repetem incessantemente.
Algo que me deixa indignada, pois a informação é cada vez mais e os exemplos ibid e no entanto certas e determinadas pessoas continuam a achar-se tão especiais ao ponto de chegarem onde nenhum homem chegou, e depois é o que se vê: flashes de mamas e etc. Não, não aguentei, porque quando me escondem coisas que fico a saber por terceiros a revolta é muita. Os amigos verdadeiros não escondem as coisas, por piores que essas sejam admitem-no. Bem, talvez na cabeça desta pessoa o que ela faz é tão superior que eu não posso saber, mas tudo se sabe, e nada melhor que aproveitá-lo para um dos meus textos e falar de algo que sinto: uma raiva profunda de quem abusa das drogas por falta de personalidade. Pessoas com falta de cáracter que optam por seguir o rebanho, para parecer bem.
O Trainspotting tinha um ponto, e o Ewan Mcgregor quis transmitir algo no seu excelente papel, não foi propriamente "sou o maior drogado, follow me!". Como tenho casos na família fico mais sensível a esta questão, porque tendo parentes próximos envolvidos nisso, não posso deixar de achar quem se mete nisso nos nossos dias incrivelmente estúpido.
INCRIVELMENTE ESTÚPIDA & NO FURTHER COMMENTS!!!

Thursday, February 16, 2006

Mais um novelo de emoções...

Já não gosto de sonhar acordada, nem de sonhar em geral. Sinto que a minha imaginação foi catapultada para longe do meu ser. Tudo isto foi tomado de assalto e eu não ofereci a mínima resistência. Deixei que a minha magia me fosse retirada e o tédio se tornasse em algo característicamente meu.
O aborrecimento deriva da falta de imaginação, do conformismo, da estandartização de valores e ideais. É penoso admitir mas é isto que me acontece.
O que promove o esquecimento? A ausência de carimbos? De marcas eminentes? As emoções são frágeis, delicadas, mas quem esmorece somos nós, cada um de nós é o autor do abandono das respectivas emoções. Nada disto importa de momento. O fracasso é que nos obriga a procurar objectos de reflexão ilegítimos, não mais do que imposições para o depositar num canto em vez de o enfrentar.
Devemos abandonar os que pouco nos importam? Aqueles que feito o balanço são insignificantes aos nossos olhos? Penso que sim. A hipocrisia consistia em continuar a alimentar a "semente má". O problema é que, maioritariamente, não existem sementes más apenas meros transeuntes que, desconhecendo a porcaria em que estão submersos, depositam esperanças ilimitadas na amizade. Encontros e confrontos, algo pelo qual todos passamos, por mais que alguns o queiram ocultar.
Nem tudo é alegria, a alegria é transitória, razão pela qual tem tanto valor. Por isso permito que os pensamentos se enovelem, se deformem e se misturem ilimitadamente. A todos aqueles que "adoram viver" só tenho algo a dizer: alguém que aprecie verdadeiramente a vida não tem que citar constantemente lugares-comuns para se sentir "iluminado". A verdadeira luz interior vem das nossas acções e não de palavras rascas, provenientes de pessoas mentecaptas.
Não me sinto iluminada mas conheço quem o seja, através de gestos simples que não necessitam de descrições vulgares :)

Wednesday, February 08, 2006

Anime Weekend


Para todos os fãs de anime/harajuku aproveito este espaço para vos dizer que entre o dias 16 e 19 do presente mês, vai decorrer no parque de exposições de aveiro o evento "Anime Weekend", uma amostra e uma aposta interessante na cultura japonesa.
Como amante confessa da cultura japonesa vou fazer os possiveís para lá passar e aproveitar esta oportunidade de conhecer um pouco mais desta cultura, que apenas testemunho pela internet, em livros ou em eventos cinematográficos. De facto, seria óptimo se nesta cidade onde habito existisse um espaço onde me pudesse expressar livremente, sem ter que observar a reacção das pessoas: retrógadas e idiotas, perdoem-me a generalização.
Harajuku é um distrito de Tokyo onde habitam adolescentes que adoptam os mais variados estilos de vida, sem qualquer tipo de censura, os trajes que usam, que aqui até no carnaval seriam considerados exagerados, são apenas uma das particularidades aí vigentes.
Em suma, liberdade de espírito, liberdade no seu sentido mais amplo, algo que eu invejo/ idolatro profundamente.
Relativamente às outras vertentes, nomeadamente a mais relevante, a anime, é uma boa oportunidade de amantes de séries como azumanga daioh, ghost in the shell, evangelion descobrirem novas séries com qualidade/diversão qb.
Deixo aqui o link, a quem estiver interessado :P

http://animeweekend.aveiroexpo.pt/

Monday, February 06, 2006

O verdadeiro espírito da consagrada instituição

Hoje faço apenas um breve comentário sobre o que vi esta manhã... Ora bem, hoje de manhã tive um exame de uma cadeira que nem sabia que tinha ( fui notificada por carta já na ultima semana da dita aula), pormenores, quando vou à wc e observo que todas as referidas instalações sanitárias estão repletas de merda e papel higiénico, ou seja, a relectirem o verdadeiro espírito da espelunca que frequento.
Nunca saberei quem foram os autores mas é bom saber que não sou a única a achar aquela pretensa instituição um depósito de merda. A todo o grupo que o fez os meus parabéns, já que eu era incapaz de profanar aquela dita merda, não tinha estofo para tal porém, estou certa que tal como eu, mais pessoas entenderam o vosso propósito e não choraram pelos cantos pela profanação daquela seita social.
Quanto ao pessoal que se põe a tirar fotos, sabe-se lá para quê, pelo menos podiam-se explicar, não? Bem, hoje só quero aproveitar o dia para relaxar, posso não ser uma defensora acérrima da vida, mas amo esta sensação de liberdade pós-exame! E esta semana de férias vai ser maravilhosa, sabendo que a próxima também o será para mim e para algumas pessoas :) Fantas, sem dúvida um marco bem mais importante que uma vida profissional ainda indefinida!!!

Sunday, February 05, 2006

Dependência tecnológica

Já abordei este tema anteriormente contudo, sinto necessidade de voltar a desabafar sobre isto, porque o que se verifica nos dias que correm é uma total artificialização e robotização social. Hi5, orktut, msn messenger, e muitos mais meios de destruir relações reais e constituir as falsas ideais.
Também eu tenho algumas destas coisas que, apesar de serem um desperdício de tempo e sanidade mental, prendem o nosso lado automatizado. Quais os benefícios que daí podem advir? Estabelecer contacto com pessoas que vemos menos vezes, mas até que ponto isso constitui uma vantagem? Não é melhor falar pessoalmente das aventuras que nos vão acontecendo do que tratar disso de uma forma tão impessoal? Estamos imiscuídos num meio que nos rouba a magia e a identidade, e cá estou eu a publicar pensamentos contraditórios onde? Pois, na internet! Mas tenho que excluir este espaço, porque aqui podemos escrever as coisas mais absurdas possiveís sem que ninguém saiba quem somos, e um blogspot difere muito de uma central do engate, ups, desculpem-me, hi5!
Nos dias que correm há inclusive pessoas que "respiram internet", fecham-se no quarto e passam o tempo neste meio, que, apesar de ser muito útil, como é óbvio, e de nos permitir obter as mais variadas informações (de uma forma muito simples)também consegue transformar certas pessoas em autênticos vegetais, em pessoas completamente anti-sociais.
Pessoas que procuram o amor neste meio, e que o encontram, mas que não têm uma história engraçada para contar, apenas um amor simulado, por vezes um amor oriundo do desespero. É a evolução da espécie, mas também é a condenação de muitos actos naturais, ainda mais do que aqueles que o ser humano opta por condenar. Será possível, com isto tudo vermos beleza nas coisas mais simples? Ou será que vivemos numa sociedade demasiado redutora para tal?
Compras online, amor online, inscrições para ginásios online(sim, esta parece-me demasiado absurda), qualquer dia para quê sair de casa?
Eu, que sou uma amante acérrima da cidade e da tecnologia, vejo que cada vez mais ela nos torna em seres preguiçosos e desprovidos de emoções autênticas. Dou por mim a ver cada vez mais filmes em casa e principalmente em casa de amigos, em vez de me deslocar para o cinema, sim, é bom fazê-lo no conforto de um lar, mas são estas pequenas coisas "confortáveis" que nos retiram alguns dos verdadeiros prazeres de vida.
Hipocrisias à parte e em suma: internet sim, mas com moderação! ( o alcoól é deixá-lo continuar em alta :P)

Sunday, January 29, 2006

Garden State



Ontem revi e revivi este excelente filme, que a meu ver é uma excelente crítica aos mais variados temas, e que me supreendeu pelo seu toque de simplicidade e realismo. Na sua cidade natal Largeman redescobre-se, com a ajuda dos seus amigos e de uma adorável mentirosa compulsiva. Larga a medicação, prescrevida desde os seus dez anos pelo seu próprio pai, e é nesta pequena cidade, e não em Los Angeles, onde se refugiou nos últimos dez anos, que começa a sentir tudo aquilo de que foi privado, as coisas simples da vida, que para ele ganham uma nova siginificação.
Este filme mostra a realidade para todos aqueles que se escondem e ocultam os seus receios através de uma dose elevada de químicos, todos aqueles que, não padecendo de um desequilíbrio químico significativo, optam por adormecer por um extenso período de tempo, e que, um dia "acordam"desorientados, porém dispostos a sentir, nem que seja uma intensa dor psicológica.
Os seus amigos são tudo menos equilibrados, porém são essas mesmas características que incutem a magia neste filme. Num mundo em que muita gente tem grandes aspirações, os seus amigos limitam-se a fazer o que lhes dá prazer, não se preocupando em serem bem-sucedidos. A sua relação com Sam mostra-se cada vez mais profunda, apesar de, na duração do filme ser de apenas quatro dias.
Apesar de amar quase a totalidade das personagens deste filme, pela sua sinceridade crua, os meus parabéns para a Natalie Portman, que revela aqui os seus dotes como actriz, como nunca o havia feito, na minha opinião. A sua personagem capta-nos pela sua doçura e simultânea capacidade de "brincar" com a sua própria "doença", pela forma como contagia Largeman, pela importância que atribui a pormenores que para muitas pessoas são absurdos, pelo facto da sua doença não prejudicar mas sim ajudar outrém na redescoberta do seu próprio abismo.
Ao Zach Braff os meus parabéns pela realização deste interessante filme, e pela forma como entra num registo tão diferente daquele a que estamos habituados a vê-lo e se completa nele.
Em suma, este filme transporta-nos para um sítio onde é possível reinventarmo-nos através da nossa esssência, e não dos sítios ordinários para onde vamos e das pessoas irritantes que somos forçados a ver. Ficam aqui algumas citações que me tocaram particularmente...

Sam: OK, so... so... sometimes I lie. I mean, I'm weird, man. About random stuff too, I don't even know why I do it. It´s like... it's like a tick, I mean sometimes I hear myself say something and think, Wow, that wasn't even remotely true.

Sam:If you can't laugh at yourself, life's gonna seem a whole lot longer than you like.
Andrew Largeman: All right, so what are we laughing at you about?
Sam: I lied again... I have epilepsy.
Andrew Largeman: Which part are we laughing about?
Sam: had a seizure at the law office where I work, and they told me their insurance wouldn't cover me unless I wore preventative covering.
Andrew Largeman: What's preventative covering?
Sam: The helmet I was wearing... Oh come on, that's funny. That's really funny, I mean I'm the only person who wears a helmet to work who isn't putting out fires or racing for NASCAR. But what do you do, I can't quit... their insurance is amazing, what do you do? You laugh. I'm not saying I don't cry but in between I laugh and I realize how silly it is to take anything too seriously. Plus, I look forward to a good cry. It feels pretty good.

Sam: That's life. If nothing else, its life. It's real, and sometimes it fuckin' hurts, but it's sort of all we have.

Mark: I'm okay with being unimpressive. I sleep better.

Sam: I haven't even lied in like, the past two days.
Andrew Largeman: Is that true?
Sam: No.

Andrew Largeman: Hey Albert? Good luck exploring the infinite abyss.
Albert: Thanks. Hey, you too.

Saturday, January 28, 2006

Bombardeamento aos pseudo-idiotas

Por mais que o evitemos, a racionalização persegue-nos das mais variadas formas. Se alguém me diz que não o faz sou obrigada a desacreditar essa pessoa. A racionalização é mais uma forma de egoísmo como todas as outras, a que nós, seres humanos, estamos tendencialmente predispostos.
Não me acredito em ideais nem em filosofias de vida, porque nos dias que correm o altruísmo assume-se como um "mito social". O egocentrismo está patente em tudo o que fazemos, e é por tal motivo que as coisas ganham significação. Se tudo isto fosse uma chachada hindi, não passavamos de formas de vida robotizadas. Não me acredito em nada transcendental, apenas em mim e nos meus pensamentos, e mesmo esses estão propícios a mudanças. Acredito-me que há pessoas interessantes, pessoas que não tentam impingir modos de viver, pessoas que simplesmente tornam o nosso dia a dia num toque de veludo, por mais que até nos afectem negativamente em certas ocasiões. Pessoas que nunca conhecemos totalmente, e nos acompanham nos dissabores da vida. Pessoas parecidas connosco, pessoas completamente diferentes, pessoas e não formas de vida homogeneamente inuteís.
A quem me acha demasiado fria e zangada com a vida ( cliché dos psicólogos) só posso dizer uma coisa: estamos aqui para exprimir o que sentimos, não o que a mer** da vossa comunidade gostava que eu sentisse, e sim, este é o meu ataque pessoal a todos aqueles que são tolos demais e superficiais ( ser superficial não é só gastar dinhero em "bens materiais" mas também não ter a mínima sensibilidade e auto-respeito para pensar por si próprio) para saberem valorizar a sua existência como seres autónomos.

Tuesday, January 24, 2006

Uma questão "sócio-cultural"

Sim, eu sou uma daquelas pessoas "desprezáveis" que se queixa de (quase) tudo. Não, eu não sou mais um "social-toy", designação da minha autoria para aqueles que seguem piamente tudo o que lhes é dito, e fazem coisas, sem as perceberem na sua essência só porque é " socialmente correcto".
"Correcto", a meu ver, é ter uma vocação, não é seguir um caminho imposto, cheio de regras que se contradizem brutalmente, e de lacunas inadmissíveis. É acordar e respirar livremente, porque se o cliché "vive cada dia como se fosse o último" fosse verdadeiramente aplicável, constatava-se que estamos quase todos em coma permanente.
Gosto de falar sem medo das repercussões possíveis, sem ter que medir todas as palavras, sem ter que me sentir mais um "objecto inanimado". Este tema aborrece-me de morte, mas estou farta de ser julgada por me mexer livremente, ao contrário de uns e outros. Não há magia num lugar onde nos sentimos permanentemente monitorizados, logo não há rasgos de criatividade: PARABÉNS!!! Para 90% dos seres ( irrelevantes) que me rodeiam isso é fantástico, pessoas que não são capazes de pensar por si próprias, que adoram a hipocrisia de se sentirem úteis, e fazerem-se de amiguinhos... Excluo daqui os bons 10% que não são assim, incluindo aí algumas pessoas que pouco conheço. Aos outros o meu sincero obrigado por me mostrarem o quão superior sou.
A minha Claire mostrou aos telespectadores o que é estar vivo, e sim, a ironia de tudo isto reside no facto de uma série de televisão mostrar o que é ter atitude, e de ser preciso retratá-lo na televisão, de uma forma construtiva, para que alguma emoção passe para a vida (ir)real de muitos.
Mais uma critica, descontextualizada mas sentida: a todos aqueles que dizem ser despojados de bens materiais, e que não vêem televisão: preocupem-se mais com a vossa vida, em vez de apregoarem falsas filosofias de vida, o que não gastam em "bens materiais" gastam em drogas, uau! Admiro-vos muito por serem uns parasitas sociais sem personalidade própria!!!
Beijos para quem me ama...