Thursday, December 27, 2007

Momentos Garden State

É assim que os vou intitular porque na realidade a magia remete-me para a atmosfera desse filme. Momentos mágicos que podem durar singelos instantes, porém fazem-nos reflectir em todas aquelas pausas despropositadas que ocorrem na nossa vida, e quando tudo se mexe em câmara lenta, ganha uma nova significação. Fujo de tanta coisa,evito "I´m an avoider", talvez por isso nunca saiba o que realmente posso ou devo mudar.O que posso ou não posso esperar. Esperas, esperas contínuas, cada vez rebobino mais a minha vida e desgasta-se a fita até perder todo o sentido. Como sempre, anulo-me. Como sempre deambulo e perco-me cada vez mais. Oculto de quase todos o que não acho permitido pensar ou sentir, rapariga prozac, certas coisas permanecem sempre iguais por mais que tentemos enfrentá-las. Quero? Posso? Não, apaga! Experencia a dor, humaniza-te e não desumanizes o que te rodeia. Mas assim? Sempre a questionar o menos óbvio, sempre a esquecer o que o subconsciente teima em trazer ao de cima? Sonhos vãos, esperanças remetidas para o onírico, fuga permanente, teimosia incessante. Vá, desiste de uma vez, ou então para com as anulações e REAGE!Expõe, magoa-te, SENTE! Bebe da tua própria inércia e deixa o desastre natural acontecer, por vezes nem tudo é tão preto no branco, e isso custa. Custa sentir, custa menos anular as peças do meu ser e desfragmentar-me até à exaustão. Até no meu desabafo continuo a correr com medo de me alcançar e tropeçar mesmo na recta final...

Friday, October 05, 2007

Prozac Nation

Vivemos rodeados de angústias, contratempos próprios que a tecnologia trouxe consigo, e consequentemente a cada vez mais acentuada falta de comunicação. Cada um de nós faz uso das mais variadas gradações de cor, critica e aponta, ajuda e corrompe, constrói e destitui o significado das coisas sem pensar em nada. Optamos pelo vazio, não o vazio no sentido de sermos inuteis, mas no sentido de afundarmos as emoções genuínas em detrimento daquilo que nos parece mais lógico. E depois é ver-nos a ingerir supostas pílulas da felicidade, ansiolíticos, recorrer às mais variadas formas de terapia na esperança de deturparmos ainda mais o que verdadeiramente sentimos, como se fosse algo de muito errado e contra-natura. Também eu pertenço à geração prozac, também eu enveneno o mundo e mostro o que não sou, não depositando esperança numa geração que cada vez mais se afunda em drogas para sentir o que não é. Sou contra o consumo de drogas pesadas, não me oponho ao consumo de marijuana apesar de não fazer uso dela como refúgio. Já ingeri grandes quantidades de alcóol, já experimentei algumas drogas e tudo o que experienciei foi essa tal fuga às emoções. Não acho correcto ter que fazer uso de prozac, alprazolam, triticum e psicotrópicos no geral para me sentir melhor, mas o facto é que também eu o faço. Meio adormecida, cansada mas inócua, como sempre fui, porque o veneno que espalho só se reflecte em mim própria. Sou um ser demasiado imperfeito mas que contrariamente a tantos outros não se dá ao trabalho de pisar ninguém, talvez por no fundo ser um ser bondoso apesar de demasiado egoísta como outros tantos.
Não vivi muito nem pouco, não sei qual a justa medida. Sou preguiçosa e simultaneamente hiperactiva, falo de mim e falo do que sinto porque era o que fazia antes e o que sempre farei. Não permito comentários porque vou continuar a escrever, a criticar-me e a criticar-vos como ser livre que sou, queiram depositar o vosso veneno no vosso próprio blog, esta é a minha forma de terapia. Levem-me à letra, sejam idiotas, pensem, ignorem, revoltem-se mas ajam! Existam sem temer as consequências! Não usem as máscaras a que nos habituaram pelo menos no vosso espaço pessoal, se é que fazem uso de um. Em suma... sintam! Dependências enojam-me, por isso sou consciente e sei largar as coisas,auto-medico-me no sentido de moderação, opto por sentir e expor o que tanto incomoda quem não tem coragem de se assumir. Posto isto um bom fim de semana para todos: os supostamente saudáveis e as pessoas reais!

Wednesday, September 12, 2007

Addictions


E cá está, na 2ª feira fui com a pessoa mais linda do Mundo ( vá lá não tenhas ciúmes é a minha mãe =P ) , pronto com as duas pessoas mais lindas que conheço ao El Corte Inglês, e fiquei fascinada com o supermercado. Sim, os preços praticados por vezes são um abuso, mas lá encontram-se coisas que não há em mais lado nenhum, e este leite condensado em tubinho é uma delas. Recomendo vivamente,espalhado em bolacha maria, pão de forma, já agora com um topping de chocolate à mistura, há dores de barriga que se justificam! Por trazer ficou o doce de leite, mas será para breve.
E sim, falo de comida as vezes que quiser, venha a comunidade de frustrados buh uh que levou com um post meu, estou à espera de mais desta vida de famosa lolol! Ahaha, o ser humano e os patamares da sua patetice já me deixaram de surpreender! Grow up, get a life, a dog, something!!! Anyway... Tudo isto para dizer que os prazeres da vida continuam a ser muitos e a todos os amantes de leite condensado e afins que não passam o dia com o cu sentado no sofá a ver se ele cresce mais 20 cms, recomendo o merecido doce. Aquelas recentes latas de leite condensado já cozido da nestle também não são más para barrar, mas as latas... Depois aquilo não dá para conservar por mais do que uns 4, 5 dias...
Há que aproveitar os restantes dias de férias para nos perdermos com este tipo de coisas e o Grey´s Anatomy, sim, completamente viciada, séries americanas continuam a rular venha quem quiser com as suas pseudo-críticas pseudo-elaboradas. Enjoy the simple things!!!

Sunday, August 19, 2007

Fluoxetina, mais conhecida como : a nova droga para quem não tem força de vontade

Este post é dedicado às pessoas não sabem lidar com a comida, eu própria tenho as minhas compulsões nocturnas, portanto também me é dedicado, mas tenho a perfeita noção de que enquanto trato as insónias, a forma mais razoável de tratar o (excessivo) apetite e os desvios alimentares é com exercício físico e força de vontade.
Não é comer 4,5 bolos por dia, entupir-me de comida e depois começar a tomar uma droga que basicamente deriva do prozac e nada tem a ver com o tratamento de emagrecimento (!) e espalhar orgulhosamente como perdi 8 kgs num mês, apesar de estar com um aspecto horrível, afinal " sou linda porque estou a ficar mais do que magra".
Eu estou magra, há quem diga demais, eu estou a lidar com os problemas de um emagrecimento feito sem remédios e de uma média de 4 quilos a menos por mês. Amenorreía secundária, oscilações terriveís de humor, isolamento, pesar-me imensas vezes ao dia. Não, nunca cheguei a ser anoréctica e muito menos bulímica, simplesmente gosto demasiado de comer, e o verão passado pensara eu ter sido uma benção a falta de apetite que me motivou a emagrecer. Pensara, na realidade não sabia o que estava para vir. Quando se emagrece muito 200 gramas a mais na balança pesam 5 quilos, ou mais, tudo se trata de "engordaste sua fraca!".
Agora posso dizer que estou melhor, não me peso várias vezes ao dia, aliás não me peso há 3 dias, mas hoje enfrento a balança porque é dia de almoçar com a sogrinha e tenho que ver se "mereço" o meu sundae de caramelo com cobertura extra ou se a comilança nocturna de sábado à noite me estragou os planos.
A minha melhor amiga sente-se bem, pois claro, também eu me sentia quando toda a gente me dizia "que magrinha que estás" e essa cambada de coisas futeís que são deliciosas de se ouvir para quem já teve uns quantos quilos a mais. Mas com uma diferença, ela toma a tal fluoxetina, que se usa em tratamento de distúrbios alimentares, só em certos e críticos casos (bulimia e binge eating, ok, talvez ela se enquadre no segundo caso...) mas que inibe o apetite temporariamente, depois vem a desgraça, aliás já começou,porque uma pessoa que tira o miolo do pão com queijo e resmunga porque lhe serviram com duas fatias em vez de uma... enfim...
"Saí do trabalho só agora comi a barra de limão" (17 horas), diz ela orgulhosamente ao estar de estômago vazio 9 horas seguidas, depois de um pequeno almoço, literalmente. E eu? Eu, amor de pessoa que sou, e farta de lhe mostrar o bicho que me tornei e de a avisar, simplesmente desliguei o telemóvel. Nunca "saltei" um lanche que fosse, podia comer muito pouco mas sempre fiz todas as refeições. Nunca excluí arroz, pão, batata como se eles fossem o culpado da minha gordura excessiva e não o facto de nem dar tempo para digerir os alimentos e ao invés me entupir de bolachas, pão, chocolates e afins (lol!). Caí no erro de usar substitutos de refeição à noite, sim, mas sempre almocei como uma pessoa normal (exluindo fritos obviamente...).
Não entendo como se pode ser tão cego depois de se saber que nem tudo é glamour e que nem sempre um "S" e calças 34/36 resolvem os problemas do ego. Mas pronto, os médicos da treta que continuem a receitar remédios para quem não consegue de outra forma, quando já sem remédios aprendi por minha conta e risco que querer demasiado é estupidez. "só quero 60" . "Só quero 57". E agora? 52, 53, 53.5 já dou margem de manobra para passar dos 52 que nem sequer eram uma hipótese inicialmente. Para ver um número estúpido que nada diz sobre quem sou, mas apenas sobre como as roupas me assentam (que obviamente me servem quando passo os 52 mas que na minha cabeça simbolizam já o caminhar para os 60´s). Sou idiota por ligar a uma coisa destas e mais idiota é quem brinca aos médicos e quem brinca às anoréxicas. Pessoas normais tem problemas reais. Eu tenho um problema bem mais real com o qual lidar, mas o fantasma deste problema ridículo assombra-me sempre, e só por ti, mais uma vez não vos interessa quem, pretendo arrumar a suposta depressão que se vem arrastando há muito, a futilidade de um número que teima em me querer ultrapassar ( mas mais teimosa sou eu damn it!!!) para contemplar uma existência gratificante em continuidade ( oui,o teu valor, esse sim é sempre uma mais valia na minha existência mesquinha).

Falta de...

das muitas tardes que passavamos a ver filmes asiáticos, filmes de terror ou comédias em vez de irmos para o antro;
das bebedeiras de sábado à noite quando eu e a Claúdia ainda não pensavamos tanto em coisas tão ridículas e nas obrigações inerentes a todo o ser humano;
de não ter preocupações;
de faltar às aulas de manhã para ir comer uma torrada no storia juntamente com um delicioso batido de café ou chocolate;
Basicamente haveria muito mais para dizer... mas o que falta é irresponsabilidade,loucura saudável, alegria e muito fuck you all à mistura ( mais uma vez não pretendo ferir susceptibilidades simplesmente não sou uma "people person", facto inegável e estou pouco me lixando para quem não aguenta o facto);
Não há nada que substitua uns anos de felicidade intensa, em que as pequenas coisas eram grandiosas e nas quais destaco sempre a figura de uma pessoa, sim tu meu amigo, desculpa se tenho tenho negligenciado demasiado ultimamente, no sleep, insane in the brain, acho que é altura ideal para dizer "nothing makes any sense to me, my skin´s coming off & so on...".
Crescer custa, principalmente quando o pack "shrinking things" não vem com instruções e/ou efeitos secundários adversos...

Friday, June 08, 2007

só por ti

Bem, visto que estou nos meus 15 minutos de fama há que aproveitar para regressar e falar de coisas realmente importantes para mim, e não de um grupinho de pessoas que se acham tãoooo melhores que todas as outras ao ponto de nem uma crítica aguentarem.
Há coisas que vão acontecendo e nos mostram que a parvoíce do ser humano é algo que já está tão enraízado que nem vale a pena perder tempo com isso.
Não ando com inspiração para "bitch about something", talvez porque de momento as minhas prioridades são mesmo estar sossegada sem ter que sustentar sequer a proliferação de ideias absurdas, as quais vos fazem sentir tão mal. Whatever...
Não sou dócil, não sou fácil e muito menos sou vossa amiga. Do meu clube restricto não faz parte a máscara permanente da afirmação da insegurança. Buh uhhh! Cadela raivosa :P
A vida não pára de agitar a nossa consciência e mostrar a pertinência dos nossos actos e desajustes, estou aqui, para ti, de momento dedico-me a ti e não me importa o turbilhão que possa provocar nos outros. Eles são-me indiferentes. Amor é indiferente, amizade também, tudo o que não sejas tu não me importa. Tu que revolves o meu mundo desde sempre com a tua calma e capacidade extrema de apaziguar. Tu que me conquistas cada dia mais e me mostras que nem tudo é vulgaridade. Tu que estarás presente no meu possível futuro. Só tu. Eu anulei-me momentâneamente. Os meus problemas não existem, só tu, e tudo o que choro às escondidas sê-lo-á só por ti, tudo o que faço já há algum tempo o é. E no dia em que me tirarem isso aí sim, podem fazer o que quiserem comigo, porque aí não me importa mais nada. Não deposito esperança em nada, só em ti.
Tu vês o que sou, e agrada-te, agradeço-te também por isso, porque só tu me agradas completamente, só tu preenches as lacunas do meu ser.
Só por ti vivo na falsidade do bem-estar, só por ti me envolvo nesta máscara e me anulo sem sequer me questionar. Talvez tudo isto seja demasiado vago, mas só assim consigo comunicar para ti O MAIS PURO SER.
Não gosto de nada nem de ninguém, não me meto na vossa vidinha porque o lixo humano a mim não me interessa, o vosso, o meu, dane-se tudo o que é acessório. Querem intriga procurem o Perez Hilton!

Claire: "It's like, how many evildoers do you have to kill before you become one yourself?"