Sunday, January 23, 2005

Psychological needs

Tanta dor, não sei por que motivo me atacaste ultimamente... Tudo isto que não quero sentir, mas que se me impõe e me faz desfocar a lente, uma vez mais. Daqui a uma semana vou tirar férias de tudo isto, quem sabe, até da minha própria identidade, e assumir novas formas, formas essas, espero eu, mais aliciantes. Não consigo perceber o motivo de tanta ansiedade, talvez a nulidade do ser humano me assuste demasiado. Talvez esteja farta de todas estas conversas banais, pessoas sem conteúdo que se cruzam no meu caminho e que, inevitavelmente, acabo por rejeitar. Rejeito-as tal como rejeito o meu exterior. Nada se afigura mais importante do que a personalidade, se bem que também seria hipócrita se fingisse que a aparência não importa...
Onde estão todos esses que me entendem? São poucos os que falam a mesma linguagem do que eu. Recentemente incluí outra pessoa na categoria de "good achievements": a Ana Raquel. Não me admira que nos chateemos no futuro, mas já há muito tempo que não encontrava alguém com uma personalidade extra-ordinária( sim, sei que não é assim que se escreve, mas é para que entendam o que pretendo dizer...). De resto, só vejo mais e mais pessoas desbotadas e outras tais que são idiotas demais para merecerem uma qualquer forma de catalogação. "Eu quero", efectivamente, quero. Quero mudar e quero deixar de me afectar por toda a banalidade que me cerca. Um dia virá ao meu encontro, ou eu darei o derradeiro passo para enaltecer algo mais... Não será uma pessoa, essas são naturalmente enaltecidas quando surgem e me conquistam, tarefa tão árdua...

Saturday, January 01, 2005

Sentes a forma como te odeias? Odeias a forma como te sentes?

Estou a ouvir Bush, e a sentir toda uma ligação com esta música. Já há muito tempo que me apercebi que a minha verdadeira natureza não é a outra face da moeda. Tudo de trás para a frente, tudo uma distorção constante, a junção dos factos já não me amedronta, estou consciente de que não posso desistir desta luta, ou então nunca mais serei capaz de me reencontrar algures, onde alguém será capaz de ver tudo o que encobri neste nevoeiro dissimulado. Continuo a interpretar a minha vida como um quebra-cabeças, sei que existe uma mensagem subliminar que me vai ajudar a ser o que amo mas também tudo aquilo que ainda não fui capaz de apaziguar, num lugar de destaque do meu ser. Sei que a razão destes momentos de angústia está intimamente relacionada com o meu medo de ser feliz, e com todas as corrosões que deixei adormecidas dentro da minha mente. Já não gosto tanto de sonhar acordada, sinto que a minha imaginação foi catapultada, no entanto, quando me limito a sentir, nem tudo se perspectiva de uma forma tão negra como um dia quis pensar que assim o era. Foi tomada de assalto, e eu não ofereci a mínima resistência, porque deixei de reinventar o meu quotidiano, deixei subsistir uma pobreza de espírito, que parecia tão inofensiva mas poderia ter sido letal, se não a tivesse travado. Questiono-me se a terei travado a tempo e tudo o que sei é que, por mais momentos de inércia que viva, não me acomodo mais, o meu sofrimento absurdo mantém-me desperta, até que um dia, puderei resgatar o que perdi e reverter o que não cheguei a sentir...