Wednesday, November 10, 2004

A fuga de um sentimento distorcido

Um desafio, não mais custoso do que o habitual, apenas penoso na medida em que a minha mente deturpa os acontecimentos. Gostava de te acompanhar, porém deambulo numa estrada infindável também ela repleta de sinuosas curvas, onde qualquer atalho pode conduzir a um possível desastre. Tento ser paciente, reter tudo o que sinto algures. Longe do teu alcance, não obstante, a linha avizinha-se tão ténue que a minha negritude transparece. Desculpa-me. Não sou a pessoa certa para ti, transformei tudo o que temos numa hipérbole porque tu não passas de mais uma reticência. A distância entre o "talvez se" e o propriamente dito continua imensurável. Quero-te, porém aborreces-me. Deixo-te mas vou sentir falta de te desprezar e de gostar de ti da forma doce à qual te habituei. Não há nenhum elo forte, mas as nossas barreiras, essas são também só da responsabilidade da tua maldita doença. Essa, que não tem razão de ser, o teu pretexto para não cresceres. Porém, não te posso exigir nada visto que a tua idade mental condiciona tudo. Não és maduro, mas és alguém digno, apesar de entediante. Crescerás quando te aperceberes do que podes ser se saíres desse mundo tão obtuso. A ti, deixo-te uma vírgula, a vírgula do que poderás continuar a escrever... ( mais uma aula chata...)