Tuesday, May 16, 2006

Presa por um fio de metal...

Traçamos objectivos ao longo do nosso percurso existencial, executamos autênticos esquemas de acção para nos perdermos na imensidão dos nossos pensamentos e num objectivo ainda maior: permanecer inquebráveis. Falo no plural, como sempre ,para parecer menos egoísta e perdida nas minhas contradições, falo dessa forma na terna esperança que alguém não faça juízos sobre os meus desvarios e de alguma forma se identifique.
Cada um de nós tem a sua própria capa protectora, a minha é a estranheza, mas num sentido pejorativo e aparentemente desajustado. Se sou uma pessoa especial para uns, também sou uma valente merda para outros, aqueles que me julgam sem me conhecer, tal como eu o faço com outras pessoas. Há pessoas que têm o poder de nos irritar e de exarcebar o que de menos bom possuímos, trata-se do ciclo da vida, e neste momento o meu objectivo já não é ser amada ou desamada mas apenas ser o que sou, com quem me sinto bem. Tantos pensamentos que se anulam, como o ser humano se anula todos os dias. Ninguém é um poço de virtudes, mas se há algo que valorizo são pessoas com valores: não ideologias baratas próprias da adolescência mas valores genuínos, que se transmitem nos mais simples actos. Sei quais os meus valores e os meus pontos fracos, sei porque me anulo, só não sei deixar de me alienar do que me incomoda e gritar bem alto, BASTA!!! Tudo o que sei é criticar e ser mais um ser perfeitamente imperfeito, que aparenta estar dormente mas na realidade está apenas oculto. Vou sonhar, sonhar com a simplicidade que não existe sem pretensão, com a pretensão que não existe sem insegurança, com os defeitos que não existem sem virtudes...