Wednesday, December 24, 2008

*teaser para L Word versão tuga*


Girls in tight dresses
Who drag with mustaches
Chicks drivin' fast
Ingenues with long lashes
Women who long, love, lust
Women who give
This is the way
It�s the way that we live

Talking, laughing, loving, breathing,
fighting, fucking, crying, drinking,
riding, winning, losing, cheating,
kissing, thinking, dreaming.

This is the way
It�s the way that we live
It�s the way that we live
And love

We fucking love Jenny! Já sei quem é a ruiva amigos, finally! lol. Brevemente neste blog a versão com actrizes tugas do L-Word. Os nossos late coffees acabam sempre em cenas surreais! Be aware!
PS: mas ainda tenho que descobrir o nome dela, só me lembrei da cara mesmo...Se algum de vocês se lembrar ou descobrir rapidamente, é favor dizer algo! Ah e tal... é Natal!

Monday, December 15, 2008

4 anos!

Pois é,este meu cantinho de críticas, devaneios e observações já conta com quatro anos de existência! Uou! E, é engraçado reparar que, se algumas coisas permanecem iguais [ intimacy issues for instance], outras assumiram novas configurações. Já não sou a menina zangada de então, sendo que direccionei essa raiva para algo mais produtivo: a consciência que tenho de que muita daquela raiva passada foi também, em grande parte, culpa aqui da menina outrora demasiado sarcástica. Vou mais longe, reparando que a minha geração continua a usar o sarcasmo, e mais ainda a prepotência em casos extremos. Isto é uma crítica mesmo, e não temo em colocar aqui nomes tais como: Fred. Até porque sei que o meu caro amigo jamais perderia tempo em passar por aqui e porque isto já lhe foi dito pessoalmente. Tenho pena que alguém que tem 25 anos ainda haja como um puto de 19 assim sem mais nem menos, dado que há cerca de um ano não se comportava desta forma. As pessoas acham que o "show off" fica bem, ok, quem sou eu para lhes abrir os olhos?! Não vou deixar de ter um certo carinho por ti, desde que não fodas a minha melhor amiga, senão acredita que vês os meus dentes...cravados na tua pele!
Sou demasiado pacífica mas, se há coisa que mexe comigo é alguém fazer mal a uma pessoa que me é próxima, mesmo que neste caso, ela saiba perfeitamente a minha opinião, que é, que uma pessoa não pode andar aqui ao sabor de pessoas que não mostram como REALMENTE são. E aqui critico-me também, uma vez que, não sou maldosa [no fundo acho que o Srº Fred também não é nadinha mas ok...], mas sei que tal como ele e muita gente, também eu condeno a minha própria existência ao ser demasiado vaga, cenário tenebroso que, penso eu, continuará a ser um dos meus defeitos.
E em 4 anos cá continuo eu a disparatar e a sonhar, sonhar profundamente, com o dia em que as complicações serão menores e a exteriorização um facto. Repetindo-me, uma vez mais, porque é muito "eu": vou sonhar com a simplicidade que não existe sem pretensão; com a pretensão que não existe sem insegurança; com os defeitos que não existem sem virtudes =D

E o meu apelo para todos nós é... DESCOMPLIQUEMOS UM POUCO, POR FAVOR, VÁ LÁ!!!

Thursday, December 11, 2008

"Mas diga-me: céptico como é, como consegue diferenciar o cenário da parede? Como consegue distinguir que as ilusões das quais zomba sejam de facto apenas ilusões? E se fossem valores e você um destruidor de valores? Um valor degradado e uma ilusão desmascarada têm ambos o mesmo corpo deplorável e nada mais fácil que confundí-los!"

- A Brincadeira, Milan Kundera


De facto não dá para distinguir, daí ser mais fácil des-valorizar
[intencional]. Assumo-me como uma destruidora de valores. Atrevo-me a dizer que vivo em permanente negação, é mais cómodo e sereno. Será mesmo? Acreditar-me-ei nessa hipócrita serenidade? O que de facto constato é que ,seja como for, mantenho certos valores que me permitem ser uma des-iludida. Magicamente tenho uma fé qualquer que um dia soprará um vento de mudança. Não me limitem que eu faço o mesmo convosco, não vos julgo tão pouco, apenas caminho livremente e aguardo pelo dia em que o véu que me encobre seja ainda mais transparente que a minha essência, essa mesma que só alguns conseguem percepcionar, na quase totalidade. Fico por aqui, num dia em que fica menos por dizer e mais por sentir...

Tuesday, December 09, 2008

"O Balanço"

Estatísticas 1º por favor:

Eu ( sempre eu 1º, claro está): 80% E; 20 % R
Ricardo: 60% E; 40% R
Paulinho: 70% E; 30% R
Carlos: 50% R/E

E = emocional
R= racional

Começo por dizer que discordo do Carlos e que o Paulinho seria igual a mim, na minha perspectiva, mas a estatística ficou assim. As conversas abrangeram diferentes temáticas, mas eis que foram parar aqui, sendo desta feita dignas de um registo, visto que eu genuinamente adoro perder tempo com este tipo de coisas. Num grupo de pessoas que sentem e agem tão diferentemente eis que conseguimos discutir tanta coisa saudavelmente, apesar dos atropelos usuais e, mais ainda, dos igualmente peculiares pontos de vista. Tudo isto para salientar que é curioso reflectirmos sobre a forma como nos completamos quando estamos juntos. O Srº Zangado Sarcástico, a Menina Egocêntrica Aluada, o Cineasta Tresloucado e o Suposto Elemento Que Tanto Se Lhe dá Como se Lhe Deu (será mesmo amigo?!). Eu e o Zangado somos almas gémeas em cinismo, diria eu. Já eu e o Cineasta em ingenuidade amalucada. Todos perfeitamente faliveís e todos mágicos. Mais um post sobre a amizade, porque é temática na qual, cinismos à parte, me sinto completamente favorecida pelo universo, apesar de por vezes os 80% tombarem para o egoísmo e vos desiludir, como já é de prever. Contudo, também todos vocês sabem que até aqui estendo a minha capa protectora, por tanto gostar de vocês e por me custar ainda então admitir que somos adultos e que o tempo livre escasseia para que estas reuniões sejam tão frequentes quanto gostaríamos. E porque, citando um dos nossos filmes de referência: "todos nós morremos sozinhos". Donnie Darko, claro está, porque,e discordando veementemente do meu zangado de eleição, a loucura pode ser amada, não sendo eu pessoa de rejeitar alguém por tal particularidade, tal como tu Paulinho. Apartes... Todos nós somos loucos e complicados, por isso mesmo se torna interessante esta luta diária em busca de oscilantes momentos de felicidade intensa e entraves de melancolia. Por assim dizer, sentimos e racionalizamos, conscientes que estamos deste contra-senso ao qual se denomina de existencialismo, e mais ainda, das nossas próprias palas.

Sunday, December 07, 2008

Revisitando o passado

Eis que cedi à tentação e fui com velhos amigos ao Triplex. Um local no qual já passei muitos bons momentos, em igualmente boa companhia. Revisitamos o passado, falamos de histórias dos nossos 18, 19 e 20 anos, respectivamente, e , mais ainda, falamos de tudo aquilo que mudou mas também das coisas que apenas evoluíram e permanecem dentro da mesma caixa mágica. Sou pessoa de nostalgias, por vezes excessivas, mas todos temos os nossos quês, e ,ou convivemos pacificamente com eles e partilhamos os mesmos dentro de uma medida saudável, ou então cedemos à tendência para o isolamento. Não me apetece perder tempo com isso agora, apenas deixar patente que, apesar de ser damaged, abraço os erros e parvalheiras do passado com carinho.

...e cá fica mais uma citação, que hoje não estou para grandes escritos, apenas para uma breve anotação:

" Porque a nostalgia não intensifica a actividade da memória, não desperta recordações, basta-se a si própria, à sua própria emoção, absorta por completo como está no seu próprio sofrimento." Milan Kundera

PS: nostalgia, etimologicamente como: "o sofrimento da ignorância"

Thursday, December 04, 2008

Deixem-me culpar o mau tempo e as contrariedades laborais para este reducionismo ao qual me sujeitei. Deixem-me ouvir air e dEUS e disparatar. Deixem-me pensar que acredito que no meu íntimo a minha doçura ainda permanece algures, e que não me sinto perdida. Permitam-me iludir e constituir um cenário obtuso mas agradável. Como podemos ser pessoas agradáveis e vivermos o dia a dia sem pensar nos contras, e a afastar o mau karma para por singelos instantes acharmos que nunca seremos capazes de nos assumir, conscientes que estamos das nossas limitações mas, mais ainda, das nossas virtudes? Mas depois lembro-me que...

"A alegria é um verbo , não é um substantivo. Não existe independentemente das nossas acções. A alegria deve ser fugaz e transitória porque nunca se destinou a ser permanente."

Will Ferguson, Felicidade

Daí o valor desses mesmos momentos... Permito-me agora então,e finalmente, adormececer...

A realidade

"(...) nunca misturei o absinto com a realidade para não piorar a qualidade do absinto.
...mais um copo, caro comendador. E sem um único pingo de realidade, por favor".

O Senhor Henri, Gonçalo M. Tavares

Obrigado por esta tarde, Aninha!

Sunday, November 30, 2008

Peculiaridades

Gosto desta palavra, e uso-a para começar com os meus devaneios de domingo. Estou consciente da realidade e não sei se isso é positivo, no entanto, pelo menos, deixei o estado coma no qual me encontrava, permitindo-me baralhar as cartas e a mim própria sem me questionar demasiado nem ficar inerte, e afundada em queixumes. Certamente que tudo isto que sei me vai fazer perder tempo, tal como o estou a fazer neste momento, mas permite-me, mais ainda, sentir-me viva, melancólica por vezes, não obstante, viva! Posso me sentir diferente do típico mortal e até alienada, mas sei que o problema não é meu. O problema é de todos nós, e nesse sentido não vou quebrar a corrente, ela que se quebre por si, que surpreendentemente seja apenas mais um lugar-comum desde que, tudo permaneça como até então, num limbo interior que oscila entre a vaidade e a preguiça, e, uma vez mais, não falo por mim, porque o meu limbo interior pode ter um pouco disso tudo, mas ultrapassa esse domínio e é muito mais peculiar do que os clichés estereotipados de tantos de vocês. Desculpem-me mas já sabem que comigo é assim mesmo, justifico o meu egoísmo tendo por base o vosso. Todos nós somos falíveis e , uns mais do que os outros, uns mais introspectivos e vagos, ora agora falo de mim na 1ª pessoa , vaga intencional e conscientemente. Vaga mas não inerte, simplesmente à espera que algo agite a minha consciência, dado que saí do coma mas não espero inspiração divina, ok, isto aqui daria pano para mangas, mas não vou discutir divindades nem o seu conceito, isso já deu que falar via msn, right? Fica aqui apenas um gostinho do que me corroí as entranhas por momentos, dado que tratam-se sempre de momentos de clareza de espírito e embriaguez da alma, simultaneamente. Mais um momento...pausa!

Wednesday, November 26, 2008

Observações

Não sou uma pessoa observadora, de facto, sou exactamente o oposto. Aquela pessoa que não repara em nada, e que acaba por passar por antipática ou completamente despassarada. Incrivelmente, no meu grupo de amigos sou a única assim, e como tal já não é surpresa para nenhum deles os acidentes por mim,ou mais ainda, em mim provocados. Quando exercito o acto de observação, não obstante, acabo por me rir das circunstâncias, dado que, certamente que há repercussões por desvendar mas que, eventualmente, perdem a significação antes desse mesmo acto de descoberta. Isto é o que normalmente acontece. Sabotagem? Desta feita não foi da minha parte, mas tretas à parte acabamos sempre por dar pelo menos um ouvido ao que nos dizem. A natureza desconfiada de cada um de nós assim o dita. Isto tudo para dizer que muito se passa e nada se passa simultaneamente, talvez porque o processo de descortinação acaba por conduzir fatalmente a um ímpasse. Nao sei, não tenho perdido muito tempo com análises, o que estou para aqui a dizer são factos. O que fica por dizer ou sentir são reticiências comuns a (quase) todos nós. O que me interessa é que seja como for continuo a acreditar-me na amizade, mesmo quando a observação é nula. A amizade ultrapassa observações, reticiências e falta de palavras ou emoções, para ser ela própria a maior das observações possíveis: um contínuo de risadas, sonhos, realidade e dissabores deveras importante.
Já agora, birra via sms? Mesmo? Geeez ao que nós chegamos amigo , é mudar de trabalho, nem tempo para discussões a sério temos agora, haha, fica aqui um mimo para ti zangadão, da tua amiga que desrespeita o combinado, as usual! =D

Sunday, November 23, 2008

Polifonia

A esta hora já deveria estar a tomar banho, porém eis que perco o meu tempo a repensar em todas aquelas coisas que nos fazem sentir ambivalentes. Já Álvaro de Campos afirmava: "Há entre quem sou e estou / Uma diferença de verbo / Que corresponde à realidade."
Polifonia porquê? Mais uma hiperbolização, tipicamente característica, para falar de um canto uníssono, cujas fontes deixam de ser perceptíveis e, mais ainda, levam-me a reflectir sobre a ambivalência sociológica. Tudo isto encontra-se de tal forma relacionado e enraízado que me permite continuar a divagar incessantemente. Basta. Tentemos ser um pouco mais claros, num dia em que a clareza de espírito não tende a ser imperativa. Tantos acontecimentos aleatórios e vivências pré-destinadas que fazem parte de uma miscigenação constante e nos fazem sentir aquele medo vibrante, e por tudo isso cada vez mais me confundo na polifonia que é continuar aqui, agora, vaga e reticiente mas, sempre, fiel a mim própria.
Com o desenrolar das vivências e comportamentos, cada vez mais conhecemos a nossa essência, e, e ora optamos por mostrá-la ora tentamos ocultá-la, sempre conscientes de que, por mais que o façamos, muito fica por dizer e sentir, e mais ainda, muito fica por fazer. Perdemos muita coisa "algures" no meio de tudo aquilo que teimamos em não abraçar ou visualizar, e, é esse mesmo sentimento de evasão, que nos torna humanos, oníricos, falíveis, especiais, detestáveís, entre tantas outras coisas. Sentimento de pertença, sempre dentro de um espectro polifónico, díficil de interpretar, e, mesmo assim mágico. Apesar de supostamente não mais me permitir ilusões continuo, paradoxalmente, a ter um qualquer tipo de fé na magia de singelos momentos, e remato com isso mesmo, a magia dos momentos nos quais não dissecamos tudo ao máximo,deixando escapar muito mais daquilo que somos do que desejaríamos. Polifónicos mas em uníssono, é o meu desejo para todos aqueles que me entendem e/ou fazem parte do meu mundo.

Monday, November 17, 2008

"Elefantizada"

Este título surgiu no decorrer de uma conversa nocturna de domingo à noite, bela conversa com amigos que , tal como eu, pensam em mais coisas do que nas parvoíces usuais do tipico humanoíde. A apatia que nos cerca, outra máscara típica e disforme, leva-nos a reter as emoções genuínas, por ser algo que não vai ao encontro de uma geração que se recusa a demonstrar, a não ser que a demonstração seja rudimentar e um pré-requisto do acto de socialização. Hoje de facto o que sinto é desprezo por toda essa típica fachada, e uma pequena esperança de saber que nem todos somos necessariamente mais um produto em série, e "elefantizamos" sem sentir vergonha ou desprezo por tal acto. Adaptamo-nos às circunstâncias e, face a esses rasgos de desumanização, acabamos por ficar repugnados, mas quero deixar aqui bem assente que não tenho qualquer tipo de problema em admitir que "sinto a mais", e gosto de demonstrar o que sinto a quem me é querido. E como sou uma adepta de esclarecimentos, esclareço desde já que posso ser vaga, reciticente e aparentemente uma arca congeladora, mas a minha essência é calorosa e amistosa e não sinto qualquer vergonha de partilhar isso com todos aqueles que fazem parte do meu mundo interior. "Elefantizamos" e ainda bem, porque seja em tom mais sério ou numa simples histeria de grupo assim o sentimos, e é um orgulho formar esse colectivo de loucura saudável num mundo em que tantos outros mostram aquilo que jamais serão. Aqui fica a minha crítica a quem se recusa a ser frágil e, acima de tudo, o meu obrigado a quem partilha a sua fragilidade comigo.

Friday, November 14, 2008

Perfeição

Andava eu a navegar por um blog amigo, quando me deparei com um post cuja temática assentava na associação entre a perfeição e a inveja. Perfeição, algo condenado à priori por qualquer um de nós, uma vez que é um conceito meramente utópico. Não sei, tão pouco, definir o que será a perfeição, trata-se de um conceito mutável e bipolarizado, aos meus olhos. Não obstante, a sua busca incansável move-nos, nem que por breves instantes e para rapidamente se tornar em mais uma delicada imperfeição. As imperfeições ora se desvanecem,ora nos fazem crescer e sentir a intensidade das coisas mundanas.
Na nossa loucura quotidiana não são muitos aqueles que abraçam as imperfeições alheias sem se questionarem até que ponto estão aptos e com disposição para lidar com elas,afinal o conceito de amizade é isso mesmo, abraçar as imperfeições alheias e fazer delas uma mais-valia. O ser humano, por vezes, e numa perspectiva circunstancial, simplesmente chega a um ponto de saturação, não condenável, de todo. Eu, consciente que estou das minhas lacunas pessoais, também o fiz já por diversas vezes, justificado ou não, mas penso que teria de entrar por outro caminho, o dos nossos próprios fantasmas. São os nossos fantasmas pessoais que condicionam a busca da perfeição e o acolhimento das singelas imperfeições, bem como a sua duração e intensidade.
Tudo isto para, uma vez mais, salientar que não paro de querer mais de mim e de me encantar com as pequenas imperfeições da vida, mesmo quando estas últimas me fazem agir como uma pessoa socialmente menos aceite, e invejar (remato com a inveja, suavemente). Perfeitamente imperfeitos, sempre!

Tuesday, November 11, 2008

Uma questão de orgulho

Estou a ouvir Massive Attack , vá-se lá saber porquê (!), e, uma vez mais, apetece-me divagar , desta feita, remetendo tudo para "uma questão de orgulho". Falo disto, visto que cada vez mais é o que se verifica. Uma das máscaras que mais usamos é mesmo essa, seja no trabalho, seja em questões do coração ou numa conversa vulgar com um qualquer indivíduo. De facto o orgulho é uma fatalidade, se bem que , por outro lado, humildade a mais acaba por resultar em autocomiseração. Ironia ou não, acabei agora mesmo de usufruir do orgulho para enxotar o meu pai do meu cantinho.
Seria meramente utópico estarmos sempre em férias, relaxados e abstraídos dessa realidade que nos afasta enquanto indivíduos, e que, mais ainda, nos impediria de saber com o que realmente podemos contar. Máscara, protecção ou fonte de destruição, é usando-a (na justa medida), que verificamos com quem podemos contar. Verficar... como sempre robótica, desdobrando-me noutra máscara rude e pouco credível. Tudo isto para "filosofar" sobre o orgulho, pensando no meu caso particular que, apesar de por vezes ter "acessos" de um feitio temperamental, consegui libertar-me um pouco do excesso do mesmo.
Em suma, para mim o que funciona, na maioria das vezes, e sempre sem cair na autocomiseração ,é chegar a um meio termo, o qual me permite acabar com qualquer tipo de assunto pendente, que por sua vez, "eventualmente" me impede de crescer enquanto indíviduo e de constituir amizades sólidas.
Mais uma vez debitei (outra palavra feia e um pouco dissimulada) aquilo que me foi atropelando a alma.

Sunday, November 02, 2008

When you´re strange...

Mais um domingo taciturno, e como em todos os domingos cá estou eu, desequilibrada pelo alcoól, desta feita demasiado alcoól mesmo. Se a noite não foi o que seria de esperar para duas amigas minhas, para mim foi mais uma noite como tantas outras, momentos fugazes nos quais não mais me afogo em pensamentos para simplesmente celebrar pela dança a libertação dos males oriundos das almas, sim plural, porque não só da minha como também de todos aqueles que me interpelam.
Como sempre não estou a dizer tudo o que deveria, mas isso já faz parte de mim, se pareço uma pessoa comunicativa e demasiado Bridget Jones, na realidade não o sou. Os problemas de intimidade são bastantes, e serão sempre ofuscados pela minha ingenuidade ou agressividade conforme as circunstâncias o vão ditando.
Todos nós perdemos demasiado tempo com as coisas pouco importantes, sabe bem, e não é por isso que somos mais ou menos interessantes. Gosto de perder tempo a pensar nos pequenos pormenores que me fazem rejubilar, em vez de pegar nesse tempo e começar a ler outro livro, por exemplo. [ coisa que já não faço há algum tempo]. Arranjei a desculpa perfeita, ao ler vou reflectir ainda mais sobre vivências passadas e perder o dobro do tempo com isso. Dane-se, simplesmente não tenho tido paciência para ler, perdendo o meu tempo nas inutilidades usuais.
Estes momentos em que me sinto mais só e nos quais até consigo apreciar a minha essência, fazem-me pensar que viver comigo é complicado. Não gosto que me dirijam a palavra mal acordo, não gosto de estar rodeada de gente em casa, nem de receber visitas. Todas essas contradições para alguém tão sociável quanto eu. Mas é mesmo assim, todos nós somos mais do que aquilo que ostentamos, e a minha bagagem de mer** pessoal não é das mais bonitas. Mas também sou aquela pessoa que do nada tem um gesto demasiado amistoso, o que vai contrabalançando com todas as mesquinhices que fazem parte do meu ser.
Gosto de ti e espero que isso se resolva rapidamente. Das duas até. Não é a minha vida que está agora a ser exposta, portanto posso ser mais vaga que o habitual. Gosto de pensar que as coisas estão mesmo a mudar e que pessoas como nós são eventualmente recompensadas, e esperemos nós, da maneira que tão veementemente queremos. Sou invadida por demasiados pensamentos, e a maioria, egocêntricos e oníricos [ hello Hélio =P], tal como acontece com todos vocês. Não estou aqui com bússolas nem para meias tretas, treta por treta venha ela por completo. Aguardo o desenrolar de tudo isto.

Friday, October 31, 2008

The Aries Woman

Characteristics
Women ruled by the sign of Aries possess an impeccable sense of style. Yet, despite all this elegance, they remain children at heart. Although they are independent and outgoing, they are surprisingly naïve and trusting. This openness often leads to disappointment, but the Aries woman quickly bounces back. This planet is her magic place, and she makes the most of her time on it. She’s not a person that “talks a good game,” she actually “walks the walk.” Expect this fiery woman to be impulsive, forceful and dynamic — with lots of drama thrown in for good measure.

Career
Regardless of her career, Aries must feel good about her position and how it fits into her life. It’s important for Aries to feel she is at the top of her game. Aries women are natural super-achievers. It often doesn’t take much exertion for them to accomplish a good deal of success.

Friends
Aries women make friends easily, most of their relationships are friendly without being totally committed. Aries is too busy living life to devote huge chunks of time to others. She has two or three close friends who are spontaneous and adaptable. Whenever Aries seeks adventure, they’re right there beside her.

Love
Because the Aries woman is inherently assertive, the man of her dreams will be a “real man.” If he is successful, then all the better for her; she likes to place her man on a pedestal (if he is deserving). A romantic relationship with a sweet, quiet guy won’t work for her. It’s important to choose someone who will hold his own and will not intimidate easily, otherwise life will become way too boring for Aries. On the other hand, they dislike restrictions of any kind and a possessive relationship will end up going nowhere. That does not mean she won’t be a little possessive herself. She sees nothing wrong in that.

Compatibility

Aries – Aries
This is an okay match, but not the best. In some cases it is quite harmonious, but putting two headstrong, fiery personalities together is chancy.

Aries – Taurus
This is a match between two totally different personalities. Aries loves excitement; Taurus prefers comfort (this could get boring fast).

Aries – Gemini
Because Gemini loves action and adventure, this could be one of the best matches. The chemistry between these two thrill seekers should be hot.

Aries – Cancer
This combination is hard to call. It could be a good match, but impulsive Aries will have to be careful not to hurt Cancer’s feelings. This pairing could prove to be a thorny arrangement.

Aries – Leo
This pairing should work fine. Both subjects have tremendous stamina and staying power, but Leo is a little more goal-oriented and will become the dominant force. Aries may not be able to handle that. In every other way, this match is paradise.

Aries – Virgo
This couple could work if Aries can overlook Virgo’s perfectionism. But Virgo could bring balance to Aries’ life and that is always a good thing.

Aries – Libra
There is a good chance of happiness here since Libra is warm and refined. An Aries Woman usually welcomes these traits, especially if both are on the same intellectual level.

Aries – Scorpio
Scorpio could have trust issues with the Aries woman. Because of her high energy level, she sometimes gives off the wrong vibe for Scorpio. Could work, but tread softly.

Aries – Sagittarius
This has the potential to be a “great” love. It is very possible Aries could find her soul mate with a Sagittarian.

Aries – Capricorn
Aries has little in common with Capricorn and probably will not be attracted to this sign from the get go. Even if a relationship does get off the ground, it will prove difficult.

Aries – Aquarius
This sign is the most compatible with Aries. However, these two usually make better friends than lovers. Looking for a best friend? This is the best choice. A lover? Maybe.

Aries – Pisces
In all likelihood, you will be an open book to the ever-observant, perceptive Pisces. If this doesn’t bother you too much, go for it.

http://www.lifescript.com/Soul/Horoscope/Aries/The_Aries_Woman_10_Personality_Traits.aspx

Monday, October 27, 2008

Diferentes formas de sentir...

Como dá para reparar, digo eu, eu sou uma daquelas pessoas que sente em demasia, apesar de reprimir tudo ao máximo. A meu ver, existe um espectro complexo no qual engoblamos difrentes formas de sentir, e agora, falo mesmo no caso da paixão, diferentes variáveis dessa mesma emoção.
Há a paixão que nasce da amizade e aí permanece: não mais de que um carinho acentuado por alguém que nos trata de uma forma especial e como o qual não nos imaginamos em momentos tórridos (!). Este tipo de paixão, vulgo carinho platónico, é daqueles coisas que nos corroí as entranhas até ao dia em que nos apercebemos que não passa disso mesmo: um carinho especial. Há ainda a paixão que temos por algo que nos dá imenso prazer, mas dessa nem falo, porque hoje estou mesmo voltada para falar o mais abertamente possível sobre "A PAIXÃO": aquela que nos faz corar, agir estupidamente, engolir em seco, e nos impede de pensar coerentemente. Esse tipo que aparece do nada, e que nos permite ficar mais despertos e paradoxalmente mais inconscientes. Falo deste segundo tipo porque o primeiro foi um capítulo encerrado que ocupou uns bons 8 ou 9 meses deste ano, ou seja, quase até à data, ofuscando e impedindo que o segundo tipo, o real, pudesse surgir de onde quer que fosse. Mais uma vez, vindo de mim é previsível perder-me com algo condenado à partida, dado a cobardia de me aventurar em algo que me faz agir menos como uma "ice queen" e mais como "uma indívidua" ( got it?). Já estou a querer fugir deste desabafo, e se me permitem, é mesmo o que vou fazer, baby steps, ok? Muito fica por dizer, mas, para além de não interessar a ninguém, o que me interessa é saber que eliminei mais um obstáculo. Apaixonar-me-ei? Apaixonei-me? Disso certamente não falarei em breve, tão certo é para aqueles que melhor me conhecem. O que importa é a distinção assumida neste momento, conscientemente...

Monday, October 06, 2008

Amizade é...ser gay!


Questiono-me muito sobre o valor da amizade, principalmente sobre a amizade entre sexos opostos. Numa das minhas últimas "pesquisas" verifiquei que raras são as pessoas da minha faixa etária que têm um simples e bom amigo do sexo oposto. Conhecidos? Sim. Amigos da borga? Vários. Amigos? Hum... Levanta-se o véu de sempre, a ténue linha que separa um amigo de mais uma pessoa aleatória que passa pela nossa vida. Abençoados os gay friends com as suas piadas hilariantes e a sua sensibilidade caricata e única.
Estes últimos, merecem, de facto uma homenagem, só mesmo eles para nos animarem quando ninguém consegue, dizerem que estamos lindas e a gente acreditar-se, quando de todos os outros poderá não parecer genuíno, espalharem melhor a nossa base quando saímos apressadamente de casa (!). Continuando a conversa, eles entendem melhor que ninguém os nossos guilty pleasures ( nomeadamente ao nível musical e televisivo) e sabem discutir aquele pequeno pormenor de um filme no qual um rapaz do sexo oposto dificilmente reparará. Cliché? Sorry...realité! As pessoas que se vão cruzando na minha existência apenas confirmam estes factos todos e mais alguns. E perderia uma eternidade a falar sobre as vossas qualidades mas apenas digo... bem hajam! Um muito obrigado por existirem nas nossas vidas.

Saturday, October 04, 2008

Sentir vs Reflectir

Uns de nós estão destinados a sentir demais, a anularem um pouco do que são em prol de outrem. Outros...não! Não digo que já não o tenha feito (a tal questão da cedência) mas ,definitivamente, pertenço ao grupo II, aqueles que (invariavelmente) dissecam tudo e se auto-conduzem ao lugar comum típico: o aborto espontâneo.
São noites como as de ontem que me fazem questionar sobre este tipo de coisas:jantar em ambiente acolhedor (surgido do nada) e um encontro com um amigo adorável, que se prolongou pela noite , desta feita não tão aleatória como as usuais. Pode-se dizer que me contento com estes momentos e dispenso cenas fortuitas e ordinárias, e gostaria que isso fosse altamente contagioso.
Como respeitar o sofrimento alheio sem cair em mais clichés? Como mexer em algo rachado e conseguir não parti-lo ainda mais? Bem, sou péssima nisto de confortar o próximo, estou lá, sou eu e talvez isso não baste. Gostaria de dizer algo mais preciso (mais uma vez palavra "pouco sentida", mas foi a que genuinamente me ocorreu ) e menos sensato. Ser menos franca e mais prestável. Sentir e não reflectir. Sentir o efeito de um gesto e não o peso da minha própria inércia. Sentir e não fazer parte da estatuária do Soares dos Reis ( sorry, mates!), para genuinamente dar por terminada esta reflexão, em vez de me tentar convencer de algo que permanece ainda em aberto. Grupo II minha gente, tal como a tinta ruiva que uso: cobre o que interessa e é semi-permanente; sai aos poucos, deixando sempre vestígios... Faz destas últimas palavras mais sentidas o teu próprio veredicto e permite-te ser, sem sombra de dúvidas, mais do que todos os outros ostentam.

Thursday, September 18, 2008

E é tempo de mudança...

Estes últimos dias têm sido atribulados, desde notícias positivas a novidades menos boas. Mais uma pessoa que amo com um problema de saúde. Como sempre reúno uma força sem igual nestes momentos, porque não se trata da minha pessoa mas de alguém que me faz gostar de permanecer neste mundo de dissabores e circunstâncias(por vezes) extenuantes.
Sinto falta dos tempos em que tudo era simples,em que não vívíamos de ilusões e respectivas anulações. Tempos nos quais não haviam surpresas deste género nem outras coisas mais que nos fazem palpitar, nem sempre por um bom motivo. Hoje a exaustão comanda as minhas palavras. Preocupo-me contigo e penso no que me desilude também. Desilude-me o facto de não mais me permitir iludir. Desilude-me ser tão forte em determinados assuntos e tão reticiente noutros, ou melhor ainda, nem sequer reticiente de todo. A ausência de carimbos. Mas aqui fica uma fotografia tua, porque és linda em todos os sentidos, e para isso ainda me resta sensibilidade e bom senso.

(ou tê-lo-ia feito se esta porra estivesse a dar...)

Tuesday, September 09, 2008

Sara Melson - Feel It Coming

that’s it, I’m all better now
Spit up the last of what made me hurt
I feel light as a feather now
At last I finally know my worth

Thought I’d never learn to be alone
Open all the windows wide
Turn the ringer off the phone
Light my orange candles every night

And I’m wishing on a new moon
Something better’s coming
It’s coming soon….
I feel it coming, I feel it coming, I feel it coming

I close my eyes up on the high, high dive
Stretch my arms up to the sky
Endless water is deep below
But somewhere in the air I’ll learn to fly

I’m wishing on a new moon
Something better’s coming
It’s coming soon
I feel it coming, I feel it coming, I feel it coming

It’s so easy to complain
But it’ll make you insane
That same routine
The impulse to be mean
But the grass is oh so green
After winter rain

I feel it coming, I feel it coming, I feel it coming
I feel it coming, I feel it coming, I feel it coming
I feel it coming, I feel it coming, I feel it coming

Saturday, August 23, 2008

Katherine Moennig aka Shane [ L-word]


Bem, a minha 2ª paixão dyke, depois da Lauren Ambrose. Adoro a série, e claro está, tinha que me sentir atraída por esta personagem, não fosse ela, para além de muito atraente, a gaja que literalmente fode todas as outras. E porque sou uma super fag-hag o lesbianismo também não me mete confusão, de todo, apesar da minha orientação sexual ser o comum. Gaja que gosta de gajos, desde os vulgares pseudo-complicados passando pelos característicos acéfalos e tendo como limite os que reúnem todas as qualidades referidas anteriormente (!).
Continuando as divagações num dia de notícias positivas, e que já me puseram a pensar que tenho uma decisão inadiável para tomar, graças a dois grandes amigos, o meu special thanks to Angie & Ricardo, esta actriz merece destaque, a meu ver, tal é o magnetismo da mesma quando nos deparamos com ela no pequeno ecrã.
A título de curiosidade a not-so lovely Shane é capricórnio, o meu 2ª signo de eleição logo após sagitário...

Shane - You're beautiful, and I like you a lot, but I like a lot of people.
[ kinky Shane (",)]

Wednesday, August 20, 2008

Don´t be light

Sim, não tenho sido nada branda nos meus últimos queixumes, mas por alguma razão são dignos de registo. Obrigado por apareceres quando não estou, obrigado a sério pela ajuda. Ironia e sarcasmo, armas de todos aqueles que não sabem lidar com as emoções na altura certa e resolvem exibir o seu charme duvidoso fora de horas, já que executar algo atempadamente seria pedir muito. Não obstante, não te pedi muito, mas peço mais que isto. Ponderando bem a questão, num momento tao fugaz como a tua suposta presença e preocupação, não peço algo mais, retribuir-te-ei tão somente aquilo com que me deixaste. Aguarda para ver. A amizade é isto mesmo. Ver como são os outros quando nada lhes falta. Só aí vemos se realmente são dignos da palavra "amigo". Adivinha lá agora então...

Odeio pessoas!

Apetece-me divagar sobre o tema, porque de facto "odeio pessoas". Quem me conhece mininamente sabe que eu não tenho problemas eu dizer aberta e rudemente as coisas, apesar de, na maioria das vezes, até ser aquela pessoa odiavelmente simpática que disparata sobre tudo. Contudo, o meu genuíno ódio por pessoas transaparece. Indiscriminadamente não tenho paciência para o ser humano com as suas permanentes pseudo-mutações. Permanentes e prevísiveis. Mais uma vez caímos no taylorismo e na estandardização. E, quanto mais odeio o ser humano, mais gosto de mim e de meia dúzia de não-pessoas (Ricardo, Paulinho, Ticha, Alice, Claudia, Hélio, Marina e desculpem lá aqueles dos quais não tenho agora paciência para me lembrar). Não-pessoas porque não correspondem a protótipos defeituosos e mecanizados, e porque genuinamente e manifestadamente com os seus acessos de loucura espontânea (Paulinho amor, lembro-me logo de ti..), realmente vibram com as pequenas grandes coisas. O meu ódio por pessoas remete-me sempre para o meu amor por indivíduos, gosto mais desta palavra, fria e tal, porque poucos são aqueles que o são e que vivem por si, se é que me fiz entender. Mais uma vez, e genuinamente, estou-me mesmo a cagar para tudo no geral, como alguns de vocês bem sabem, mas isto sempre numa perspectiva subjectiva porque por vocês o meu amor bruto transparece e é incondicional. E pronto, afirmação do dia: pessoas... não gosto de vocês! Obrigado a todos :)

Monday, June 30, 2008

Palavras de exaustão

As palavras não se gastam, o que se gasta é o uso desregrado das mesmas. Começo eu com as minhas divagações a propósito do desgaste mental de fim de dia. Uma rotina que, a dados momentos eu não consigo quebrar, mais do que uma necessidade, uma robotização patente em todos aqueles que se questionam demasiado e se conformam com as ocorrências mundanas. Pessoas demasiado genuínas que, não conseguem adaptar-se a uma série de cinrcunstâncias, que, e agora falo pelo que conheço, são não mais do que regras extenuantes que surgiram não de uma necessidade mas , tão somente ,de uma pretensão. Todos nós temos vícios ou manias peculiares, e nesse sentido, ou nos conformamos ou fazemos algo no sentido de os suprir. Pois bem, hoje não tenho moral para falar de combater o que me mantém desperta. De incentivar quem quer que seja a reconsiderar esses mesmos vícios. Hoje,e neste preciso momento, tudo o que posso dizer é que não me acredito em acções contraditórias a predisposições. E hoje estou predisposta a disaparatar comigo mesma, já que é um acto que não prejudica ninguém à minha volta. Egoísta mas consciente. Por mais uns momentos.

Thursday, May 01, 2008

Quebra cabeças

7/Abr/2008 20:25

Fragmentos do meu ser que insistem em obstruir o caminho da união. Por vezes encontrar a combinação certa é demasiado prevísivel, e nenhum de nós gosta de abraçar aquilo que à partida pode alcançar sem esforço. Não falo somente de pessoas, falo também de soluções, de viabilizar algo que à partida poderia dar uma maior constância. Falar de pessoas seria outro lugar-comum, não consigo falar mais de algo que simplesmente morreu no silêncio de actos contraditórios a intenções. Finalmente percebo porquê e, agradeço todo este ponderar que não foi excessivo, tão somente cauteloso. Contra-procedente seria não o ter feito. Supostamente deveria ser impulsiva, no entanto sou demasiado consciente e não vou lutar mais contra a minha natureza. Abraçar os defeitos, aceitar o que , por vezes se revela útil não é, de todo, crime. Posto isto, perco-me em devaneios e fantasias, como é tão caracteristicamente meu, o esboçar de um caminho serpenteado e a perda de tempo com pensamentos perfeitamente inuteís. Não obstante, permanece tudo intacto neste limbo entre o possível e o imaginário, porque a simplicidade, essa não se alcança decompondo uma série de protótipos defeituosos, mas apenas na essência perfeitamente imperfeita de vivências, já por si, decifradas. Não me canso de repetir... Vou sonhar, sonhar com a simplicidade que não existe sem pretensão, com a pretensão que não existe sem insegurança, com os defeitos que não existem sem virtudes...

Isto serve de justificação para todo o processo de libertação, até o blogue foi vitimizado face a uma aplicação inferior... Por vezes é preciso estar ciente da queda para pular a cerca (e há quem o faça, literalmente!)

Saturday, March 01, 2008

Cai mais uma máscara

Somos aquilo que teimamos em não ver,e, por mais que queiramos mostrar aquilo que não somos, as máscaras caem abruptamente. Custa crescer, e mais ainda, é doloroso ver os outros estagnados aos nossos olhos, talvez por ser díficil aceitar a evolução natural das coisas quando por ela já passamos. Exigimos demais, de nós, das circunstâncias que nos rodeiam, quando na realidade nunca estamos inteirados acerca das mesmas.
Por vezes sou frágil, e sou tudo aquilo que teimo em arrumar no sotão, não obstante, a poeira acaba por me cobrir e tudo aquilo que tenciono ofuscar desfaz-se num singelo instante. Se pudesse apagava todos estes momentos de clareza de espírito, e mergulhava na negritude que insisto em escavar nas minhas entranhas, mas de momento só consigo fracassar e ser o reflexo da minha inquietação e ingenuidade. Sou uma sonhadora, porém caio frequentemente dos abismos fantasiosos e surreais que vou criando, expectante e inocentemente. Confundo-me intencionalmente para camuflar o que não me quero permitir sentir. Há formas de masoquismo e auto-flagelação que ultrapassam o domínio físico, e pode-se dizer que adquiri um mestrado nas mesmas. Não me quero questionar nem permitir sentir, todavia o peso das reticiências que são fruto das minhas acções não me dão outra escolha. E, uma vez mais, resolvi anular-me em prol de algo que me supera, até, quem sabe um dia, já não sinta necessidade de desenhar mais um esboço sem qualidade.

"Honestly, what will become of me
Don't like reality
It's way too clear to me
But really life is dandy
We are what we don't see
Miss everything daydreaming"

8 e 18, sóbria e demasiado coerente...

Thursday, February 21, 2008

Dedicated to...

A partir de amanhã o tempo livre escasseia, posto isto só posso perder tempo com mais nostalgia pós-fim de ano hoje. Só hoje puderei pensar até à exaustão antes de me embrulhar em relatórios, trabalhos e coisas afins de final de curso. São as Claúdias, Hélio,Baixinha, Ricardo, Filipa, PJ, Ju, Ana Raquel e mais pessoas (ou talvez não!) que não me apetece pensar (se estes surgem por naturalidade por alguma razão o é), que fazem parte da minha vida e me ajudam neste permanente desafio que é lidar com o equilíbrio entre a responsabilidade e a inquietação, o que é permitido fazer e dizer, as coisas monótonas do dia a dia e as surpresas espectaculares proporcionadas pelos mais simples gestos. São todos estes que agitam a minha consciência, mesmo quando dou o tão característico corte e me enfio na toca por tempo indeterminado. Por vezes quero estar só, mas nunca desejei estar sozinha. São vocês que me entendem e completam, e mesmo assim não exigem nada de mim ao qual eu não poderia corresponder. Imperfeita, egoísta, egocêntrica... humana! Sinto tanta coisa ( hoje sem querer permiti-me sentir um pouco mais), revolvem-se pensamentos dentro de mim e quero, quero mesmo sair daqui e fazer acontecer. Mas o medo é cada vez maior, o medo de não ser suficientemente eficaz, palavra exacta, não consigo abandonar este lado robótico. Um dia destes um de vocês espantou-se de eu sorrir mesmo estando assim tão adormecida, mas de que vale sorrir por instantes para logo depois cair no erro de questionar tudo, como se nada pudesse ser natural, como se este plano exaustivo, o qual aplico no trabalho, se revelasse, uma vez mais, eficaz e mecânico em quase tudo que tenciono pôr em prática. Outro de vocês viu uma foto dos meus 16 anos e viu uma energia e um "I couldn´t care less" genuíno e vibrou com isso, como é extraordinário o que aquele momento captado em jeito de brincadeira mostra em relação às máscaras que, outrora, não existiam, pelo menos não deste jeito vincado. Adoro-vos, não o digo vezes suficiente, posso não ser a pessoa mais afectuosa mas por tudo isso sou eu. Penso muito em todos vocês (de formas diferentes,por razões diferentes e todos vocês são completamente distintos). Nunca me enquadrei em clichés de grupinhos ou tribos urbanas. Considero isso extremamente redutor, como tal só posso concluir que os fragmentos que me compõem se devem a todos vocês, ao meu carácter simultaneamente despegado e demasiado carente, ao facto de eu não viver em função de muitos, mas sim (e admito desavergonhadamente) de poucos e bons. Whatever, crappy thoughts de liberdade não me interessam : eu dependo de algumas pessoas, pessoas mágicas como vocês, por mais que por vezes me afaste, admito serem as que me dão vida. Vocês e a minha mãe que tanto amo, e que sei que brevemente estará ainda com mais força. E que força! Pessoas que não perdem tempo com parvalheiras e vivem, que não dependem de ansiolíticos e comprimidos para dormir para respirarem livremente, pessoas que souberam valorizar a sua existência em vez de estarem inertes sem um motivo válido. Pessoas que sentem, agem, irriadiam energia positiva, Pessoas e não esquemas robóticos. (bela tacada, ah?!). Porém estou aqui e continuarei, se depender deste corpo ao qual já me habituei e com o qual convivo confortavelmente, e desta mente repleta de pensamentos coerentes e parodoxos existenciais, como tantos outros.

Fragilidade sustentada

Depois de mais uma compulsão alimentar está a chegar a hora do alívio, quero estar contigo, abraçar-te e mimar-te até à exaustão. Tu que nunca choraste, nunca deixaste de sorrir por mais que estivesses ao meu lado a vomitar e a adormecer-me com as tuas doces palavras. Tu, para quem não consigo proferir discursos elaborados , simplesmente porque é a tua leveza a razão pela qual permaneço aqui, a sorrir e a pairar na esperança de um dia alcançar esse estado zen. Amo-te e mais não sei. Consigo afastar-me de tudo, esquecer pessoas,enlouquecer e disparatar pelas coisas mais irrisórias mas a ti seria incapaz sequer de magoar. Sou bruta por vezes, mas acho que a doçura que outras tantas vezes me acompanha se deve a ti, e a tudo o que me mostraste. Queria enaltrecer a tua pessoa de uma forma única mas não consigo, porque a tua existência já de si é singular. Não tarda estarei ao teu lado,e só isso basta para me sentir viva. Dos amigos falo muitas vezes, mas em ti penso mais ainda. Não és apenas linda, és indescrítivel. Amo-te mãe e já estou aqui a aguardar a hora, hora que por mim seria este exacto momento, contudo continuo nesta espera interminável . Já só faltam 3 horas, mas porque motivo é que elas se insistem em desdobrar em dias?!

...

Mais um desabafo. Obviamente que ainda estou a habituar-me à ideia. É duro, porque condiciona sempre a pessoa. Não é um mau corte de cabelo, ou uns quilos a mais. É uma condição permanente. Talvez as coisas tenham que seguir este rumo para uns de nós aprendermos com isso. Quero lá saber se sou uma "downer" e se isso incomoda muita gentinha mesquinha. O que me incomoda é haver tanta gente idiota que não sente nada, pessoas morrem, pessoas têm problemas reais mas para essa gentinha reles é como se nada fosse. Há sempre o factor "falta de talento" a sussurar-lhes o que têm que fazer para se fazerem notar. Pessoas que não sofrem com nada porque já fazem sofrer muita gente. Deve assentar nessa base o conceito de equílibrio cósmico. Ironia presente em tudo. Posto isto relativamente aquelas criaturas hediondas que não preciso citar individualmente, os quais não têm vida própria, e já agora uma salva de palmas para o Filipe e para a Marta que mostraram a garra de que são feitos, quero que fique registada aqui a minha posição relativamente a este mundinho de intrigas que nos cerca. Grow up, once more, get a dog, a guy, a sexual toy whatever... mas lembrem-se que há pessoas neste preciso momento com problemas reais, algumas das quais que, sinceramente não entendo como conseguem permanacer acordadas, e as quais não têm o mínimo interesse em viver com escumalha como vocês. U make me sick! Ponham as mãos na consciência e pensem em tudo o que não fizeram nestes três anos e meio. Sim, porque são sempre as pessoas menos inteligentes que têm que entrar nestes estratagemas próprios da adolescência. Finalmente posso dormir ciente que tenho muito valor, e que tu ainda mais valor tens por estares aqui neste momento, condicionada mas activa, sem nunca teres tido que calcar ninguém. Amo-te.

Ambiguidades

Sei o que se passa e não o vou negar, trata-se de bipolaridade condescendente, trata-se de uma miscelânea entre o dever e o querer. Trata-se de saudades do boémio ser que sempre fui sem realmente o ser. Não é minha intenção a rima, acho isso uma pirosada pegada, mas as palavras fluem e impelem-me a escrever sobre isto que sinto com aquela alegria efémera e momentânea que neste preciso momento se instalou e que não tarda se desvanece. Não vou agradecer, estou grata todos os dias, por vocês, por ela, pelos momentos de lucidez e clareza de espírito que antecedem ou precedem as pretensiosas oscilações de humor que insistem em se apoderar de mim. É normal, efeitos colaterais que, em breve, também não mais farão parte do meu quotidiano, porque a força, essa sim, é determinante, e mesmo nos momentos de fraqueza não esmoreço. Tantos momentos que passam e os mais belos são colectados, esses passados com todos vocês que me esboçam um sorriso, me mandam uma mensagem e estão comigo para mais um dia de observações pertinentes ou simplesmente para aparvalhar. Amanhã será , concerteza, um belo serão e aguardo com ferocidade o desenrolar dos acontecimentos que se seguem. Ambivalente mas sempre, em todos os momentos presentes e passados, paradoxalmente coerente. Amo-vos!