Sunday, April 19, 2009

Alimentar a melancolia

Pois é, esta também foi uma temática debatida na passada 2ª feira. A melancolia é viciante, é um facto. Seja ela ou não auto-induzida. A melancolia é o lado belo das coisas sentidas, é o que nos faz suster a respiração e perder tempo a repensar no que lamentamos, no que aspiramos e, mais ainda, no que deixamos de ansiar. Estar melancólico é estar completamente desperto, e, simultaneamente dormente.
Neste preciso momento estou melancólica, reflectindo em vivências e lugares-comuns que, uma vez mais, trouxeram repercussões pouco arrojadas. Sentes? Optas por não sentir? Seja como for parece-me que o facto de uma nova máscara cair, e sem alguma beleza, faz com que a assunção do que sentia outrora me faça pressentir novo desfecho inoportuno.
A fealdade implícita em actos contraditórios é capaz de levar ao desvanecimento de emoções pouco concretas, ou então, seguramente, pouco estabelecidas. Divago pois, uma vez mais porque não quero que alguém abane a mesa, resolvi abaná-la e o resultado poderá estar à vista. Desta feita, não espero pela fantasia e entrego-me à crueza da realidade. Recomecei... e não mais caio nesse ciclo vicioso, contudo , continuo a cair em ti, melancolia inebriante!

Tuesday, April 14, 2009

A "puta teórica" e as "ralações"

Ora bem, o quarteto fantástico teve mais uma reunião absurdamente fantástica com chá e martini à mistura, que começou com o conceito de "puta teórica", atribuído ao nosso caro amigo zangadão mas que encontra representantes nos demais membros. Pelo menos eu assumo-me como outra puta teórica, dado que na prática a putice não encontra em mim uma forte representante. [gosto de beijar, e depois?!].
Mais uma noite animada, na qual o meu querido amigo cineasta aluado questionou-se se dormir com outra pessoa, que não o namorado, o iria ajudar a resolver de vez quais os seus sentimentos face ao mesmo. Claramente, concordei, porque ao contrário do Zangado de serviço não me acredito que seja tudo preto no branco. A paixão é tramada, e não existem cá certezas absolutas, a meu ver. Obviamente que eles deram um tempo, e não será uma traição, mas, não fosse eu uma miúda com sérios problemas de intimidade, e que afasta as pessoas quando realmente as ama, [dor no peito, esta palavra parece-me excessiva] concordo em testar os limites da paixão. Sim, porque eu sou pior que isso, é preciso arrancarem-me as palavras, isto os amigos, porque as pessoas em questão penam bem mais do que isso, tal como vocês bem sabem.
Continuando, o meu caro zangado descreveu as relações dele com base nas relações profissionais dos respectivos, i.e, "nunca trabalhou" [1º amor e inexperiência, ah e man issues still on, sorry pequenino!], "workaholic" [ 2º amor, deus-me-livre ,igual a psicose total! ], desempregado [ este nem descrição tem...looser!] e tanto se-me-dá como-se-lhe-deu [ actual, e até à data sem cadastro].
Depois destes paralelismos e baralhações usuais em nós, lá resolvemos falar de coisas sérias [ ou não...]. Radiohead versus Coldplay e eu e o cineasta óbvio que ganhamos a discussão, Coldplay mesmo?! Aborrecimento sem arte!
Muito mais foi dito, mas até a escrever eu sou a miúda sucinta do costume, preguiça e mais que fazer meu povo, como bem sabem sou uma miúda bastante animada, contudo ando um pouco baralhada das ideias e... não me apetece dizer porquê, quem quiser que se dê ao trabalho de verificar mais do que está à vista.
Continuo a amar pessoas, para mal dos meus pequenos pecados... Até breve!

Monday, April 13, 2009

Demasiado...

Quando é justo dizermos que é demasiado? Demasiada oscilação, demasiado medo, demasiada diversão, demasiados pensamentos?! Aqueles que sofrem mais são aqueles que não querem assumir o que efectivamente querem, e como tal evitam-no até à exaustão.
Evito. Hoje, amanhã, quem sabe sempre. Evito e não me quero preocupar. Evito porque me preocupo em demasia. Evito porque é díficil conhecer-me verdadeiramente. Tudo uma questão de fragilidade e medo de crescer. Porém, evito sem calcar ninguém mais do que eu própria, sendo sincera nas opções que vou delineando. Evito, continuando fiel a mim mesma, e esperando que algo mais abane a mesa... Talvez seja uma espera contínua, justificando a minha inércia com o sorriso de quem jamais se preocupa. Preocupo-me demasiado. Comigo e com vocês também, por vezes demasiado com vocês. Outras vezes submersa no egoísmo de quem quer apenas sobreviver na selva da vida, sem grandes planos possivelmente falhados. Demasiado... por dizer e mais ainda por fazer!

*pára de pensar!*