Thursday, February 21, 2008
Dedicated to...
A partir de amanhã o tempo livre escasseia, posto isto só posso perder tempo com mais nostalgia pós-fim de ano hoje. Só hoje puderei pensar até à exaustão antes de me embrulhar em relatórios, trabalhos e coisas afins de final de curso. São as Claúdias, Hélio,Baixinha, Ricardo, Filipa, PJ, Ju, Ana Raquel e mais pessoas (ou talvez não!) que não me apetece pensar (se estes surgem por naturalidade por alguma razão o é), que fazem parte da minha vida e me ajudam neste permanente desafio que é lidar com o equilíbrio entre a responsabilidade e a inquietação, o que é permitido fazer e dizer, as coisas monótonas do dia a dia e as surpresas espectaculares proporcionadas pelos mais simples gestos. São todos estes que agitam a minha consciência, mesmo quando dou o tão característico corte e me enfio na toca por tempo indeterminado. Por vezes quero estar só, mas nunca desejei estar sozinha. São vocês que me entendem e completam, e mesmo assim não exigem nada de mim ao qual eu não poderia corresponder. Imperfeita, egoísta, egocêntrica... humana! Sinto tanta coisa ( hoje sem querer permiti-me sentir um pouco mais), revolvem-se pensamentos dentro de mim e quero, quero mesmo sair daqui e fazer acontecer. Mas o medo é cada vez maior, o medo de não ser suficientemente eficaz, palavra exacta, não consigo abandonar este lado robótico. Um dia destes um de vocês espantou-se de eu sorrir mesmo estando assim tão adormecida, mas de que vale sorrir por instantes para logo depois cair no erro de questionar tudo, como se nada pudesse ser natural, como se este plano exaustivo, o qual aplico no trabalho, se revelasse, uma vez mais, eficaz e mecânico em quase tudo que tenciono pôr em prática. Outro de vocês viu uma foto dos meus 16 anos e viu uma energia e um "I couldn´t care less" genuíno e vibrou com isso, como é extraordinário o que aquele momento captado em jeito de brincadeira mostra em relação às máscaras que, outrora, não existiam, pelo menos não deste jeito vincado. Adoro-vos, não o digo vezes suficiente, posso não ser a pessoa mais afectuosa mas por tudo isso sou eu. Penso muito em todos vocês (de formas diferentes,por razões diferentes e todos vocês são completamente distintos). Nunca me enquadrei em clichés de grupinhos ou tribos urbanas. Considero isso extremamente redutor, como tal só posso concluir que os fragmentos que me compõem se devem a todos vocês, ao meu carácter simultaneamente despegado e demasiado carente, ao facto de eu não viver em função de muitos, mas sim (e admito desavergonhadamente) de poucos e bons. Whatever, crappy thoughts de liberdade não me interessam : eu dependo de algumas pessoas, pessoas mágicas como vocês, por mais que por vezes me afaste, admito serem as que me dão vida. Vocês e a minha mãe que tanto amo, e que sei que brevemente estará ainda com mais força. E que força! Pessoas que não perdem tempo com parvalheiras e vivem, que não dependem de ansiolíticos e comprimidos para dormir para respirarem livremente, pessoas que souberam valorizar a sua existência em vez de estarem inertes sem um motivo válido. Pessoas que sentem, agem, irriadiam energia positiva, Pessoas e não esquemas robóticos. (bela tacada, ah?!). Porém estou aqui e continuarei, se depender deste corpo ao qual já me habituei e com o qual convivo confortavelmente, e desta mente repleta de pensamentos coerentes e parodoxos existenciais, como tantos outros.