Como dá para reparar, digo eu, eu sou uma daquelas pessoas que sente em demasia, apesar de reprimir tudo ao máximo. A meu ver, existe um espectro complexo no qual engoblamos difrentes formas de sentir, e agora, falo mesmo no caso da paixão, diferentes variáveis dessa mesma emoção.
Há a paixão que nasce da amizade e aí permanece: não mais de que um carinho acentuado por alguém que nos trata de uma forma especial e como o qual não nos imaginamos em momentos tórridos (!). Este tipo de paixão, vulgo carinho platónico, é daqueles coisas que nos corroí as entranhas até ao dia em que nos apercebemos que não passa disso mesmo: um carinho especial. Há ainda a paixão que temos por algo que nos dá imenso prazer, mas dessa nem falo, porque hoje estou mesmo voltada para falar o mais abertamente possível sobre "A PAIXÃO": aquela que nos faz corar, agir estupidamente, engolir em seco, e nos impede de pensar coerentemente. Esse tipo que aparece do nada, e que nos permite ficar mais despertos e paradoxalmente mais inconscientes. Falo deste segundo tipo porque o primeiro foi um capítulo encerrado que ocupou uns bons 8 ou 9 meses deste ano, ou seja, quase até à data, ofuscando e impedindo que o segundo tipo, o real, pudesse surgir de onde quer que fosse. Mais uma vez, vindo de mim é previsível perder-me com algo condenado à partida, dado a cobardia de me aventurar em algo que me faz agir menos como uma "ice queen" e mais como "uma indívidua" ( got it?). Já estou a querer fugir deste desabafo, e se me permitem, é mesmo o que vou fazer, baby steps, ok? Muito fica por dizer, mas, para além de não interessar a ninguém, o que me interessa é saber que eliminei mais um obstáculo. Apaixonar-me-ei? Apaixonei-me? Disso certamente não falarei em breve, tão certo é para aqueles que melhor me conhecem. O que importa é a distinção assumida neste momento, conscientemente...
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