"Mas diga-me: céptico como é, como consegue diferenciar o cenário da parede? Como consegue distinguir que as ilusões das quais zomba sejam de facto apenas ilusões? E se fossem valores e você um destruidor de valores? Um valor degradado e uma ilusão desmascarada têm ambos o mesmo corpo deplorável e nada mais fácil que confundí-los!"
- A Brincadeira, Milan Kundera
De facto não dá para distinguir, daí ser mais fácil des-valorizar
[intencional]. Assumo-me como uma destruidora de valores. Atrevo-me a dizer que vivo em permanente negação, é mais cómodo e sereno. Será mesmo? Acreditar-me-ei nessa hipócrita serenidade? O que de facto constato é que ,seja como for, mantenho certos valores que me permitem ser uma des-iludida. Magicamente tenho uma fé qualquer que um dia soprará um vento de mudança. Não me limitem que eu faço o mesmo convosco, não vos julgo tão pouco, apenas caminho livremente e aguardo pelo dia em que o véu que me encobre seja ainda mais transparente que a minha essência, essa mesma que só alguns conseguem percepcionar, na quase totalidade. Fico por aqui, num dia em que fica menos por dizer e mais por sentir...
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