Monday, December 11, 2006

Sensações

Para sentir não dependemos de ninguém, não precisamos de uma multidão em nosso redor. Quando vou na rua não olho para nada, chamem-me despassarada, eu considero-me atenta. Não vejo caras, não ouço disparates (a não ser os que me são quase gritados, e aos quais respondo por instinto), limito-me a sentir. Sinto o vento na minha face, sinto o frio até aos ossos, sinto o meu ser a flutuar numa liberdade que é a de quem - MOMENTANEAMENTE- não quer saber da companhia dos outros seres, que como eu têm muito para amar e muito para afastar.
Se me perguntarem ainda porque só estou com algumas pessoas e não me dou ao trabalho nem disponibilidade de estar com mais, prontamente respondo: amo a solidão! Não em exagero, nem me considero anti-social mas só algumas pessoas me afectam verdadeira e beneficamente, sendo que uma delas, em jeito de homenagem, é a minha mãe. Essa mesma que me assistiu sempre que precisei, e a qual é das pessoas mais fortes e autênticas que conheço.
Grupinhos? Dispenso, se quero ver uma novela vejo a "Tempo de Viver", tem intrigas e sarcasmo q.b.
No acto de sentir podemos ser seres autónomos, não querendo eu aqui dizer para nos isolarmos permanentemente, pois como referi também "ressaco" algumas pessoas, mas sim para experimentarmos uma nova gama de cores e sabores no silêncio. Jà o Joel diz que "falar constantemente não é necessariamente comunicar". Concordo plenamente! Posto isto, enjoy the silence! Mesmo na confusão do natal e na baixa da cidade, esqueçam o mundo, esqueçam os infelizes ou felizes que por vocês passam e sintam, sintam na plenitude que estão vivos, seja qual for o vosso estado de humor.

1 comment:

Anonymous said...

solidão, silêncio, paz, tranquilidade... tb gosto de solidão