Mais uma fuga na minha vida... Outra fuga pouco sentida. A não-identificação leva à desvalorização de tudo o que nos é proporcionado pela natureza.
Tanto as boas como as más recordações nos fazem sofrer... As boas, visto não estarem mais ao nosso alcance, as más dado que nos continuam a perseguir. Um sofrimento paradoxal e parasitário que se alimenta da nossa felicidade, sugando-a até ao limite do nosso absurdo.
Criamos dependências irrisórias na tentativa de preenchermos as lacunas da nossa existência. Aprendemos a ser o que abominávamos outrora...
Os que vivem fora de tudo isto...nem sei se os admiro verdadeiramente, teria que conhecer o meio em que se movimentam... Encontro-me numa zona de quarentena. Até a crueldade alheia deixou de ser incutida de uma ponta de criatividade...
A tecnologia não compra o tédio,como se só é acessível a quem dela menos carece?! Estou a ser uma cabra generalista, mas não era melhor viver sem ela se todas as nossas acções fossem determinantes? Não nego a sua utilidade mas não perdemos já demasiado como seres portadores de uma alma? Vá, atrevam-se a responder-me! Provem-me que estou terminantemente errada!
Sou uma HIPÓCRITA, também me rendi à tecnologia e a minha relação de amor-ódio,essa é a minha droga. A droga de vida que escolhi por ser tão... pequena! Valorizar algo agora, é um atrevimento! E a pobre menina nunca foi pessoa de tal acto! Oh,como é simples permanecer nesta lixeira! Como é fácil arranjar uma justificação para não me dar ao trabalho de reciclar!
Tudo o que sinto é díspar do que tu sentes, não há unissonância,jamais houve... Não me acho detentora da razão mas isso fica para outra oportunidade... De tal forma ignóbeis, apenas poderemos alcançar a sapiência se nos dignarmos a partilhar...
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