Thursday, August 12, 2010

A propósito da tão polémica "emancipação"

Ora bem, eu e o caríssimo Zangados somos reconhecidos pela polémica causada na blogosfera, é um facto e motivo de orgulho para mim. Quem não quer, não engole contudo, o livre-arbítrio é condição inerente ao ser humano, e todos aqueles que tem o privilégio de o ter ao ser dispor, usufruam dele sempre que necessário.
Foram já várias as tentativas de gente baixa tentar meter minhoquinhas infanto-juvenis na cabeça de pessoas verdadeiramente minhas amigas, e eu, como não sou pessoa apta a esse tipo de situações extremas digo o que penso, quando quero, e sem intenções do "rolar de cabeças". Nasci perto do Bolhão mas felizmente, sempre tive muita educação e discernimento para evitar esse tipo de baixarias. Daí não ser só uma questão sócio-cultural mas, mais ainda, de algum sentido crítico.
Posto isto nem me vou alongar muito sobre a emancipação porque é um comportamento, esse sim, básico e retardado. Toda a gente gosta de sexo, em princípio. Uns mais que os outros. Nem sempre o praticamos com "o amor da nossa vida", nem sempre sabemos distinguir bem sexo de paixão, no entanto, triste é fazermos de conta que somos capazes de o fazer. Nesse sentido, e quando não o sou, prefiro ser "pobre coitadinha" ou "fraca" ou "sensivelzinha" ou , melhor ainda, nem sequer o fazer. Nem sempre as coisas nos correm pelo melhor, dessa feita, urge admitir esse facto porque isso deixa de ser uma mera questão de orgulho e passa a ser uma questão de imbecilidade. Ostentar algo que está à vista como sendo o oposto não resulta. Nem para mim, nem para ninguém. Se ofendi alguem, temos pena, é tão-somente o que penso. Quando se misturam as águas vale mais não entornar mais em vão. Ou, se optarmos por o fazer, não tentar passar a imagem de que somos nós os: "Senhores da Queca" (!). Feridas mais umas quantas susceptibilidades,a quem me entender, o meu sincero obrigado, quem não me entender, fique no seu canto a pensar o que quiser!

Sunday, July 18, 2010

the rattler

I'm coming down the line
I'm a rattling boy
Rattling through the countryside
I'm a rattling boy
I just live from day to day
I'm a rattling boy
Eatin' them, cheatin' them, on my way
I'm a rattling boy
I'm going down the line
I'm going to a better time
I'm going to a better place
I don't like people to know my face
I can help get those feet out of that clay
But I can't take you all the way

I'm as stationary as a stream
I am aimless in extreme
I hold what I need in my right hand
I'm a rattling boy
I do the work my gut demands
I'm a rattling boy

If I could hold you
If I could love you
Then I would do

I can help get those feet out of that clay
But I can't take you all the way

I'm a rattling boy
Rattling boy
I can't take you all the way
I won't take you all the way

Será que algo mudou? Será que ainda há coisas que fazem sentido e têm uma razão de ser?! A ver o que esta próxima semana reserva a esse nível. A ver se este sábado foi mais do que mais um dia fugaz...

Wednesday, May 05, 2010

Passado entrelaçado no Presente...

E deixo apenas uma música a esse propósito:

I was born in '67
the year of Sgt. Pepper
and Are You Experienced

Into a suburban heaven
yeah it should've been forever
it all seems to make so much sense

But after a while
you realize time flies
And the best thing that you can do
is take whatever comes to you
'Cuz time flies

She said luck is what you make it
you just reach out and take it
Now let's dance a while

She said nothing ever happens
if you don't make it happen
And if you can't laugh and smile

And laughing in the summer showers
that's still the way I see you now

How does time break down
with no marker, things slow down.
A conference of the strange
and your family is deranged

I could tell you what I'm thinking
while we sit here drinking
but Im not sure where to start

You see there's something wrong here
I'm sorry if I'm not clear
can you stop smoking your cigar

And the coat you wore to Alton Towers
Is still the way I see you now

( já não ouvia Porcupine Tree há uns bons tempos...)

Monday, April 12, 2010

Já passa das 19h...

Não me apetece falar, nem ouvir, nem fazer o quer que seja, não estou de mau humor, nem sei avaliar bem como estou, sei apenas que sinto que sou capaz de me trair novamente. Nestas alturas de corrosão emocional tudo o que faço não me traz grande alento nem me permite chegar a etapas de evolução mental. O ciclo tende a repetir-se quando o orgulho desmedido apenas esconde a fraqueza extrema. Chega! O que mais quero é francamente dizer: "não mais!" e lutar por tudo aquilo que posso fazer quando largar a inércia mental a que me submeti. Alturas houve, em que "chega!" era mesmo um ponto final nesta auto-destruição, agora parece ser apenas mais uma vírgula. Até quando?! Será assim tão difícil lutarmos por algo mais, seja onde for, seja na solidão total e no desconhecido?! Os nossos alicerces tendem a desmoronar-se quando estamos dependentes de algo mais do que nós próprios, e tenho plena consciência que não consigo ser solitária, apenas estar sozinha. Não consigo sentir-me plenamente grata por tudo o que tenho, quando é impeditivo daquilo que ainda não alcancei. Posto isto... deveria contrariar tudo e partir rumo ao risco! Deveria... todos sabemos que ,certamente, não o farei...

Tuesday, March 09, 2010

Tranquilize

Artist(Band):The Killers
(feat. Lou Reed)

Time it tells living in my home town,
Wedding bells they begin easy
Live it down, baby don't talk that much,
Baby knows, but baby don't tease me.
In the park we could go walking,
Drown in the dark or we could go sailing
On the sea

Always here, always on time
Close call, was it love or was it just easy
Money talks when people need shoes and socks,
Steady boys, I'm thinking she needs me

I was just sipping on something sweet
I don't need political process

I got this feeling that they're gonna break down the door
I got this feeling they they're gonna come back for more
See I was thinking that I lost my mind
But it's been getting to me all this time
And it don't stop dragging me down
Silently reflection turns my world to stone
Patiently correction leaves us all alone
And sometimes I'm a travel man
But tonight this engine's failing
I still hear the children playing

Kick the can, kick the can, skip and blackjack
Steal a car and ring a round-rosey,
Rock and roll, candyland, boogeyman,
Run away and give me your sneakers

Acid rain, when Abel looked up at Cain
We began the weeping and wailing
A hurried high from pestilence, pills and pride,
It's a shame, we could of gone sailing
But heaven knows,
Heaven knows everything
Tranquilize

I got this feeling that they're gonna break down the door
I got this feeling they they're gonna come back for more
See I was thinking that I lost my mind
But it's been getting to me all this time
And it don't stop dragging me down

Silently reflection turns my world to stone
Patiently correction leaves us all alone
And sometimes I'm travel man
But tonight this engine's failing

I still hear the children playing
Dead beat dancers come to us and stay

Cause i don't care where you've been
And I don't care what you've seen
We're the ones who still believe
And we're looking for a page
In that lifeless book of hope
Where a dream might help you cope

With the Bushes and the bombs
A-re, Tranquilized

A destilar ódio...

Há quem ache que destile amor, contudo nesta fase só me apetece destilar ódio. Não tenho muita paciência para tretas, como tal, ando decidida a varrer toda a palha que coleccionei na minha vida. Passo por algumas fases assim, nas quais me saturo do Mundo que é excedente, Mundo esse quase sempre inócuo, contudo irritante. Sei que do outro lado muita gente fará o mesmo comigo, assim sendo, penso que é uma atitude completamente razoável e justificável. Quem realmente interessa, fica sempre. Após mais uma vassourada cósmica, sinto-me apta a aplicar-me no que realmente interessa: eu - ser independente dos outros, por mais que as emoções ousem interferir. Vi a Alice a adorei. Quero lá saber se é demasiado Walt Disney, acredito-me em magia, e apesar da minha falta de moral, acho totalmente credível ainda conseguirmos levar algo mais do que esta insanidade que nos rodeia, para um cantinho da nossa mente, por breves instantes que seja.
Vou continuar a sonhar, e ter pensamentos irrisórios porque é isso que me mantém desperta e me dá vontade de lutar pela crueza da realdade. Parece-vos pouco razoável? Pouco razoável parece-me aturar o que não nos interessa e contentar-mo-nos com pequenas coisas que nos saturam, numa base diária. Este ódio cósmico, é não mais do que uma revolta contra mim mesma, uma revolta contra tudo o que não me interessa e continua no meu caminho, a impedir que o que realmente interessa saia do sub-solo e se revele, sendo para o melhor ou não!

Tuesday, February 23, 2010

*Caio Fernando Abreu*

"Por que, na segunda-feira, eles (nós) não revelam a carência do fim de semana e se dizem coisas duras?"

"Uma pressa, uma urgência. E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça."

No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio. Até o último momento esperei que você me chamasse pelo telefone. Que você fosse ao aeroporto. Casablanca, última cena."

"Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto."

"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado"

"Mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia, ela pára e pede, preciso tanto tanto tanto, cara, eles não me permitiram ser a coisa boa que eu era."
(Os Sobreviventes)

Mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar."

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. " ". Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Sei que é complicado, mas contar falsifica, é isso que quero dizer — e pensando mais longe, por isso mesmo literatura é sempre fraude. Quanto mais não-dita, melhor a paixão."

"Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para
fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e
com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem
magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos,
apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão
nasce a ternura, da ternura frustrada a agressão, e da agressividade torna a surgir a
solidão. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente.
E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e
se sucedem e deixam sempre sede no fim."

"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo."

"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo"

"E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era".